quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

YOUTUBE completa cinco anos no ar

YouTube completa cinco anos no ar com 1 bilhão de vídeos assistidos por dia

As novidades que bombardeiam a internet a cada dia fazem parecer que o YouTube existe há muito mais tempo do que apenas cinco anos no ar. No dia 15 de fevereiro de 2005, foi registrado o domínio youtube.com, que passou a funcionar definitivamente ainda naquele ano e rapidamente se tornou um dos sites mais acessados do mundo. De acordo com o ranking da Alexa, empresa que monitora o tráfego de páginas ao redor do globo, ele é o quarto colocado, só perdendo para Google, Facebook e Yahoo, respectivamente. No Brasil, é o sexto, atrás de dois endereços do Google (google.com e google.com.br), do Orkut, do portal UOL e do Bing, serviço de busca da Microsoft.

Criado pelo trio Chad Hurley, Steve Chen e Jared Karim, então ex-funcionários do sistema de transações online PayPal, o site que começou como um sistema de compartilhamento de vídeos e se tornou símbolo do conceito de web 2.0, onde os usuários são os principais geradores de conteúdo. Hoje, o YouTube é praticamente uma biblioteca global da televisão. É fácil encontrar de tudo lá: desde videoclipes de qualquer banda até programas que saíram do ar há décadas. Mais do que isso, o serviço de vídeos online traz algumas das pessoas mais poderosas do mundo como clientes. O site já ofereceu exclusivamente uma coletiva com Barack Obama, um show da banda irlandesa U2 e até mesmo uma missa do Papa Bento XVI.

Hoje, os usuários do YouTube assistem a 1 bilhão de vídeos por dia. A quantidade de conteúdo gerada também é assombrosa: 20 horas de vídeo são recebidas pelo site a cada minuto. Com tanta gente assistindo e compartilhando vídeos, a oportunidade de faturar com publicidade é imensa. Assim, fica fácil entender porque o Google se apressou tanto para adquirir a empresa em novembro de 2006, pouco antes do segundo aniversário, por US$ 1,65 bilhão.

Hoje, o principal desafio do YouTube ainda é o mesmo daquela época: desenvolver um modelo lucrativo para seus compradores. A empresa não divulga números, mas o gasto não é pequeno, se levarmos em conta apenas o enorme tráfego de dados dos vídeos. De acordo com estimativas da revista Forbes, a renda do serviço de vídeos foi de US$ 200 milhões em 2008, e US$350 milhões ano passado. Pouco, considerando o tamanho do Google e a quantia investida.

Até agora, a principal estratégia do YouTube tem sido se aliar a parceiros. Sejam eles grandes como as gravadoras Universal, Warner, Sony e os canais de televisão CBS e NBC, ou usuários comuns com vídeos muito acessados, com os quais o YouTube compartilha parte da renda gerada pelos anúncios, por meio do Google AdSense. No ano passado, a empresa estendeu o programa de parcerias a todos os usuários cujo vídeo fique popular do dia para a noite.

Em ambos os casos, a intenção é lucrar com a possibilidade de atingir públicos específicos. Neste caso, o YouTube também funciona como rede social. "Se você levar em conta esse poder de fazer pessoas conversarem pelo vídeo, podemos entender porque somos a comunidade ideal para as pessoas encontrarem o conteúdo de seu interesse", diz o gerente de comunicação na AméricaLatina, Ricardo Blanco.

Ao ficar do lado dos principais grupos midiáticos, o YouTube também contornou um dos principais problemas: o excesso de material publicado ilegalmente. Em 2007, a Viacom, conglomerado que abrange Paramount e MTV, exigiu US$ 1 bilhão e a retirada do ar de 100 mil vídeos.

Celebridades

O principal impacto social do YouTube na internet foi o enorme potencial de dar fama a pessoas comuns. Quando o serviço começou a popularizar no Brasil e no mundo, vídeos muito acessados lançaram à categoria de 'celebridades da internet' a um ritmo muito mais rápido do que acontece com blogs e redes sociais.

São pessoas como o ator brasiliense Guilherme Zaiden, 21 anos. Em 2006, ele ficou conhecido por uma série de vídeos com personagens satirizando diversos estereótipos. O mais visto, Confissões de um emo (http://migre.me/jST3), teve mais de 1 milhão de acessos. Hoje, supera 5 milhões. De pessoa comum, chegou a ser reconhecido na rua e dar autógrafos. Os vídeos também renderam frutos para a sua carreira. Ele passou uma temporada em grupos de comédia de São Paulo, com direito a ponta em Caminho das índias.

De volta a Brasília, ele ingressou no curso de artes cênicas da UnB. Ele credita o sucesso ao fato de ter sido um dos pioneiros do YouTube, quando o site ainda não era muito conhecido. "Comecei a entrar no YouTube quando não era nem um pouco famoso no Brasil, antes dessa inundação de gatinhos e bebês sorrindo. Se eu tivesse colocado meus vídeos lá hoje em dia, acho que não faria o mesmo sucesso".

Hoje, ele vê que muitos dos vídeos mais acessados são reproduções do que já passa na televisão. "Acho que a produção para internet nunca vai ser como a da televisão. Por isso, não acho que uma possa dominar a outra. É a mesma conversa de quando falaram que o videocassete iria acabar com o cinema". Alçado pela internet, hoje confessa estar bem mais desconectado. "Não tenho conta no orkut nem no twitter. Quando eu era mais novo, usava bastante o MSN (Messenger), mas nem entro muito".

Cinco anos de sucesso

Cadê o chip, Pedro?

O rompante furioso da ex-namorada de Pedro Queiroz, de 29 anos, que foi até o apartamento dele exigir de volta o chip do celular, foi flagrado por um vizinho e jogado na rede. Ela não quis aparecer, mas Pedro foi descoberto por cinco blogueiros de Vitória e acabou conhecido como Pedro do chip, com direito a funk e várias paródias.
Número de acessos: 4.367.716

Stand-up comedy

Gênero de comédia popular nos EUA que ganhou fama no Brasil com a ajuda do YouTube. A maioria das performances, feitas no Clube da Comédia Stand-up, em São Paulo, mostra aqueles que se tornariam alguns dos principais artistas do gênero, como Rafinha Bastos, Danilo Gentili e Oscar Filho, hoje no programa humorístico CQC.
Número de acessos: 3.275.915

Susan Boyle

O vídeo mais assistido de 2009 transformou a escocesa Susan Boyle em uma cantora mundialmente famosa do dia para a noite. A performance da artista, que cantou a música I dreamed a dream, do musical Os miseráveis, derrubou preconceitos e os queixos de jurados e plateia do programa inglês Britain's got talent, que a aplaudiram de pé.
Número de acessos: 87.299.347

Tapa na pantera

Junto com os vídeos de Zaiden, o curta-metragem de Esmir Filho, Mariana Bastos e Rafael Gomes foi um dos primeiros vídeos nacionais a virar hit do YouTube, com a performance hilária da atriz Maria Alice Vergueiro.
Número de acessos: 3.683.627

Fonte: Diário de Natal

Investir em Mídias Sociais

Quer investir em mídias sociais? Seja relevante

Todo mundo fala em revolução da mídia social, mas será que os profissionais de criatividade realmente têm noção do quanto nossa vida mudou e o nosso tempo encurtou? Não adianta investir só para estar na moda.

Mídias sociais. Tema assunto do momento, ainda traz mais questionamentos do que respostas. E destas poucas, a maioria especula sob o mote: vivemos uma revolução, então pouco se sabe quais os padrões que serão adotados no futuro. Muita coisa ainda está por vir ?

Sim, muita coisa ainda está por vir. Mas o que notamos visivelmente é o posicionamento tomado após tal desculpa: o planejamento feito para a tal da mídia social é inexpressivo, como se estivesse ali porque precisa existir, na base do ? hoje em dia não pode faltar?.

Tenho a honra de estudar com uma professora que é mestre em história da comunicação. Seu nome é Jurema Brasil. Em uma de suas muitas aulas, ouvi uma teoria muito interessante do modo de vida com o qual estamos aprendendo a lidar: ela compara nosso período com a Renascença.

Obviamente não em questão de estética, arte e novos inventos. Mas em evolução da ciência, renovação das idéias, valores e, principalmente, da quebra de antigos paradigmas e a construção de outros ? novos em folha ? só esperando para serem desenhados pela mão de todos nós; a sociedade.

O mundo, que até o feudalismo era regido sob a esfera religiosa, ganhou nova forma com o advento da modernidade após o Renascimento. Nela, a esfera dominante foi a política. E assim chegamos até a Segunda Grande Guerra e a pós-modernidade. O mundo começava a ser regido pela esfera econômica.

E, com o acúmulo de bens em maior distribuição (onde a publicidade tem papel fundamental), um universo começou a ser criado em paralelo: o universo íntimo-pessoal.

É aí onde estão guardados seus valores religiosos e políticos, suas opiniões sobre temas polêmicos e tudo o que diz respeito a você e o que você gosta.

Tempo curto

Saindo do âmbito sociológico, quero talvez levantar uma questão um quanto tanto perturbadora.

Como anda seu tempo?

Você tem tempo para fazer tudo o que deseja, seus dias passam em uma velocidade tranquila, parece que está tudo em flat mode? Se sim, considere-se muito afortunado.

A grande maioria das pessoas que conheço está sempre em uma batalha travada contra o tempo. E não me refiro a atrasos, muito pelo contrário: a pontualidade nunca foi tão exigida. O fato é que a sociedade vive uma nítida impressão de que as horas sempre passam ?voando?, e sempre fica alguma coisa para fazer depois. Aí entra a questão: será mesmo só impressão?

A definição é conhecida: o tempo é uma medida de espaço. Tente abstrair-se do conceito de horas; isto é apenas uma régua inventada. O ato de medir o tempo nos primórdios era baseado em observar a sombra do sol projetada. Ou seja, media-se o espaço que a sombra percorria.

Agora, pense na evolução da comunicação (ela é um reflexo da evolução antropológica). Após a comunicação primária (a fala, face-to-face) e a secundária (imprensa), o mundo sofreu a revolução midiática pelo audiovisual.

Antes mesmo do audiovisual, pense como a comunicação era disseminada: o homem em seu cavalo levando uma mensagem a outros reinos; levava dias, meses. Séculos depois, o telégrafo tinha um delay para o recebimento da mensagem.

E podemos assim citar tantos outros meios de comunicação ao longo dos séculos. A informação demorava a chegar. Mesmo a TV, se a notícia passasse pelo crivo do gatekeeper. Com a internet, o tempo de espera da informação foi reduzido ao mínimo possível.

Então, pessoas que obtêm respostas mais rapidamente tomam decisões mais rapidamente.

Tomando decisões mais rapidamente, terminam seus projetos mais rapidamente. Terminando seus projetos mais rapidamente, abraçam novos projetos e fazem mais coisas.

Com essa cultura do imediatismo, não deixamos de lado nossos sonhos e afazeres pessoais. E assim nossa agenda está sempre lotada. Complete com a faculdade ou a pós, a casa, a família e a namorada.

O tempo parece estar curto ou nós realmente o encurtamos?

Se tempo é uma medida de espaço e espaço igual à distância, com a internet encurtamos a distância e consequentemente encurtamos o tempo.

Vivemos um período de descentralização. De poder e de coleta de informação, agora precisamos decidir o que fazer com isso. E, a mídia social veio para isso. VOCÊ constrói uma rede de pessoas com interesses comuns. E a distância não é, literalmente, nenhum empecilho. Pelo contrário, enriquece a troca cultural.

Agora que as peças estão na mesa, começamos a montar o enorme quebra-cabeça que é a ? revolução da mídia social?

Só no Brasil

? Orkut – 35 milhões de perfis ativos (Comscore)
? Média de navegação por usuário em mídia social – 4h/mês (Comscore)
? 87% dos brasileiros online estão o Orkut (Comscore)
? 17% dos internautas criam blogs ou sites (Cetic.Br)
? 51% dos internautas residenciais lêem blogs (Ibope/NetRatings)
? 5 milhões de perfis no Twitter (Info)
? 74% dos internautas do Brasil assistem vídeos online (Cetic.Br)
? 15% fazem uploads de vídeos (Cetic.Br)
? 43% ouvem rádio em tempo real (Cetic.Br)
? Facebook 2,7 milhões perfis de brasileiros (Ibope/NetRatings)

Certo. Agora enxerguemos a mídia social com um olhar um pouco diferenciado.

Não é nenhuma novidade, o conceito das premissas básicas do posicionamento corporativo em redes sociais. Vou ressaltar alguns, em resumo, para quem talvez não tenha visto:

A influência da mídia na escolha pessoal

Premissas:

O FOCO da rede social é a pessoa.
O tratamento com seu consumidor é baseado em um diálogo e não mais naquele velho monólogo de sempre. Ouça, entenda, responda.
Faça seus consumidores te amarem ou te odiarem. Mas não os deixe indiferentes.
Entenda que você estará gerenciando o risco da marca, e esta ficará imortalizada na internet. O que pode ser muito bom como o caso da Dell e do Starbucks. Ou, muito ruim, como o caso da Domino’s Pizza e KFC.
Saiba trabalhar as redes com o enfoque correto, assim sua comunicação será mais assertiva.

Exemplos de mídias para quem quer:

Se Comunicar

Blogs: Blogger, WordPress
Microblogs: Twitter, Pownce
Redes sociais: Orkut, Facebook, LinkedIn, MySpace, Drimio
Eventos: Upcoming

Colaborar

Wikis: Wikipedia
Social bookmarking / Agregadores de sites: Del.icio.us e StumbleUpon
Social News ou crowdsourcing: Digg, Reddit, EuCurti, Rec6
Sites de opiniões: Epinions

Multimídia

Compartilhamento de fotos: Flickr, Zooomr
Compartilhamento de vídeo: YouTube, Vimeo
Livecasting ou transmissão ao vivo: Justin.tv
Compartilhamento de música/áudio: imeem, Last.fm

E, finalmente o que fazer e o que não fazer quando se planeja ações em mídias sociais:

O que fazer

Produzir conteúdo RELEVANTE
Ser transparente
Disseminar de forma inteligente
Ouvir os clientes
Interagir/relacionar-se
Estar pronto para críticas

O que não fazer

Enganar pessoas
Criar perfis falsos
Enviar spams
Comprar opinião
Outros dados sobre a internet no Brasil

Tem 64,8 milhões de usuários (um terço da população), onde 20,1 milhões são usuários que acessam à internet em suas casas. E destes, 82% utilizam banda larga. Tem como tempo médio gasto com navegação por mês 24 horas e 41 minutos (Setembro 09)

Tem 50% dos internautas utilizando cartão de crédito em suas compras. Tem 79% de usuários que fazem compras online. Teve em 2008, R$ 8,2 bilhões em vendas por e-commerce.

Segundo o Ibope / NetRatings, 76% dos consumidores não acreditam que a publicidade tradicional fale a verdade. E, campanhas partindo de mídias sociais podem ter um impacto 500 vezes maior se as mesmas partissem dos sites da empresa.

Os dados estão aí, de bandeja, e não há porquê menosprezar o potencial desta ferramenta que já devia há muito ter saído do status de novidade e se transformado em um canal completo de marketing.

Digo completo porque não se trata de um veículo comum. Existem ferramentas muito robustas no âmbito de mensuração e gerenciamento. Não tem desculpa para explorar, pois até análises e insights podem ser obtidos por algumas plataformas muito inteligentes.

Também, não se trata apenas de posicionamento online; a autenticidade do seu posicionamento nas mídias sociais deve ser refletida no off-line. E, as ferramentas também estão aí para cruzar os dados online e off-line e chegar o mais próximo possível do marketing 360º.

Para finalizar, gostaria de deixar explícita a minha idéia aos criativos:

Senhores diretores de arte e redatores, pensem na mídia social! Utilizem-na como uma nova interface de seus trabalhos, explorem suas particularidades e busquem diferenciais para a criação. É a hora de inovar, de crescer e marcar seu espaço!

Redatores, enxerguem nos míseros centoequarentacaracteres, 140 oportunidades.

É uma revolução não só no modo agir e pensar, mas também de como transmitir idéias.

Lembrem-se, o sucesso de sua campanha agora é relativamente proporcional ao quanto ela é relevante para seus consumidores.

Por Marcelo Mendonça Godoy para o Webinsider.
fonte: http://comunicapress.wordpress.com/

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Os indicados para o Oscar 2010

A cerimônia acontece dia 07 de março, em Hollywood, Los Angeles.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos divulgou hoje a lista de indicados à premiação máxima do cinema daquele país. Pela primeira vez em mais de 60 anos, dez títulos concorrerão à estatueta da principal premiação, a de Melhor Filme. Destaque para “Avatar” e “Guerra ao Terror”, que concorrem e nove categorias. Um fato curioso é que James Cameron, diretor do filme que causou frissom e a recente revolução no cinema em terceira dimensão com seu filme das criaturas altas e azuis, é ex-marido de Kathryn Bigelow, diretora de “Guerra ao Terror”, que vem ganhando todos os prêmios a que o longa vem concorrendo.

Quem merece destaque também é Quentin Tarantino, cujo longa, “Bastardos Inglórios”, recebeu oito indicações. “Preciosa”, ainda inédito no Brasil, e “Amor Sem Escalas”, do astro-protagonista George Clooney, receberam seis indicações cada.

Veja a lista completa das indicações:

Melhor filme
“Avatar”
“Um sonho possível”
“Distrito 9″
“Educação”
“Guerra ao terror”
“Bastardos inglórios”
“Preciosa”
“Um homem sério”
“Up – Altas aventuras”
“Amor sem escalas”

Melhor direção
James Cameron, “Avatar”
Kathryn Bigelow, “Guerra ao terror”
Quentin Tarantino, “Bastardos inglórios”
Lee Daniels, “Preciosa”
Jason Reitman, “Amor sem escalas”

Melhor ator
Jeff Bridges, “Coração louco”
George Clooney, “Amor sem escalas”
Colin Firth, “A single man”
Morgan Freeman, “Invictus”
Jeremy Renner, “Guerra ao terror”

Melhor ator coadjuvante
Matt Damon, “Invictus”
Woody Harrelson, “The messenger”
Christopher Plummer, “The last station”
Stanley Tucci, “Um olhar do paraíso”
Christoph Waltz, “Bastardos inglórios”

Melhor atriz
Sandra Bullock, ”Um sonho possível”
Helen Mirren, “The last station”
Carey Mulligan, “Educação”
Gabourey Sidibe, “Preciosa”
Meryl Streep, “Julie & Julia”

Melhor atriz coadjuvante
Penélope Cruz, “Nine”
Vera Farmiga, “Amor sem escalas”
Maggie Gyllenhaal, “Coração louco”
Anna Kendrick, “Amor sem escalas”
Mo’Nique, “Preciosa”

Melhor animação
“Coraline”
“O fantástico Sr. Raposo”
“A princesa e o sapo”
“O segredo de Kells”
“Up – Altas aventuras”

Melhor filme estrangeiro
“Ajami”
“El secreto de sus ojos”
“The milk of sorrow”
“Un prophète”
“A fita branca”

Melhor direção de arte
“Avatar”
“O mundo imaginário do Dr. Parnassus”
“Nine”
“Sherlock Holmes”
“The young Victoria”

Melhor cinematografia
“Avatar”
“Harry Potter e o enigma do príncipe”
“Guerra ao terror”
“Bastardos inglórios”
“A fita branca”

Melhor figurino
“Bright star”
“Coco antes de Chanel”
“O mundo imaginário do Dr. Parnassus”
“Nine”
“The young Victoria”

Melhor edição
“Avatar”
“Distrito 9”
“Guerra ao terror”
“Bastardos inglórios”
“Preciosa”

Melhor maquiagem
“Il Divo”
“Star trek”
“The young Victoria”

Melhor trilha sonora
“Avatar”
“O fantástico Sr. Raposo”
“Guerra ao terror”
“Sherlock Holmes”
“Up – Altas aventuras”

Melhor canção
“Almost there”, “A princesa e o sapo”
“Down in New Orleans”, “A princesa e o sapo”
“Loin de Paname”, “Paris 36”
“Take it all”, “Nine”
“The weary kind”, “Crazy heart”

Melhor roteiro original
“Guerra ao terror”
“Bastardos inglórios”
“The messenger”
“Um homem sério”
“Up – Altas aventuras”

Melhor roteiro adaptado
“Distrito 9”
“Educação”
“In the loop”
“Preciosa”
“Amor sem escalas”

Melhores efeitos visuais
“Avatar”
“Distrito 9”
“Star trek”

Melhor som
“Avatar”
“Guerra ao terror”
“Bastardos inglórios”
“Star trek”
“Transformers: A vingança dos derrotados”

Melhor edição de som
“Avatar”
“Guerra ao terror”
“Bastardos inglórios”
“Star trek”
“Up – Altas aventuras”

Melhor documentário
“Burma VJ”
“The cove”
“Food, Inc.”
“The most dangerous man in America: Daniel Ellsberg and the Pentagon papers”
“Which way home”

Melhor documentário em curta-metragem
“China’s unnatural disaster: The tears of Sichuan province”
“The last campaign of governor Booth Gardner”
“The last truck: Closing of a GM Plant”
“Music by Prudence”
“Rabbit à la Berlin”

Melhor curta-metragem
“The door”
“Instead of Abracadabra”
“Kavi”
“Miracle fish”
“The new tenants”

Melhor curta-metragem de animação
“French roast”
“Granny O’Grimm’s Sleeping Beauty”
“The lady and reaper”
“Logorama”
“A matter of loaf and death”

Como você pode perceber, 10 filmes concorrerão ao prêmio de melhor filme. Segundo a Academia, isso ocorre para que mais filmes, geralmente os que tiveram mais apelo ao público, também possam ter chances (ou pelo menos serem lembrados) de ganhar o prêmio, já que os membros votantes geralmente escolhem pequenos dramas, favoritos deles.

Carro é luxo?

Comprar um segundo ou terceiro automóvel pode ser a decisão que faltava para desequilibrar o orçamento de casa


Ter um carro na garagem, na maioria dos casos, é importante. Ele pode ser usado em momentos de extrema necessidade, como emergências, e para percorrer grandes distâncias, e também para o seu conforto, como viajar com a família no final de semana. Atualmente, com a facilidade para conseguir financiamento para veículos, muita gente pode ficar animada a aumentar a frota.

Em um ano, as despesas de um carro chegam a um terço do seu valor

A pressão é grande. Vem de fora, com o transporte público abarrotado em horários de pico nas grandes capitais associado à poluição sonora e visual, e de dentro de casa: os filhos chegam à maioridade e querem ganhar seu próprio carro. No entanto, antes de correr para uma concessionária e descobrir que as prestações cabem direitinho no seu bolso, é preciso lembrar que, independentemente de comprar à vista ou financiado, um carro traz consigo despesas operacionais. Em um ano, essas despesas podem chegar a um terço do custo de um carro novo.

Em alguns casos, até a metade do valor do veículo. "Tudo bem comprar um carro, mas é preciso ter consciência de que em três anos os gastos vão equivaler ao preço de um veículo zero quilômetro. Ou dois carros zero quilômetro, caso seja financiado", diz Reinaldo Domingos, educador e terapeuta financeiro da consultoria Disop, em São Paulo. A dica para quem vai comprar um carro financiado é pegar o valor que se supõe suportar em seu orçamento e multiplicar por 0,66 (por exemplo: 1 000 reais x 0,66 = 660). Esse valor será o máximo que a pessoa deverá comprometer com as prestações mensais do veículo.

"A diferença será usada para arcar com as despesas do dia a dia, que surgem como bola de neve", explica Reinaldo Domingos. O empresário paulista Bruno Yoshimura, de 23 anos, proprietário de uma agência produtora de sites, sabe muito bem quais são essas despesas. Inconformado com o salário que não durava até o fim do mês, ele decidiu colocar na ponta do lápis todas as suas despesas.

Ele descobriu que o carro era o maior devorador do seu patrimônio, mesmo tendo comprado o veículo à vista. "No começo você pensa: muitas das despesas são somente uma vez por ano. Só que além das despesas fixas, como o seguro (que já é mais caro para jovem) e o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), é necessário dinheiro para combustível, estacionamento, lavagem e manutenção do carro. No final, meus gastos mensais chegam perto de 1 000 reais", diz Bruno. Ele acrescentou nessa conta alguns gastos imprevistos. "Em um ano já bateram na traseira, levei multa e furei um pneu", diz.

Como saber, então, a hora certa de comprar um carro? Independentemente se a pessoa já possui um veículo ou não, ela precisa refletir o que um modelo novo vai representar na sua vida. E caso já tenha um carro, se os gastos de dois veículos não são arriscados demais. "Carro não é investimento, pois ele já sai da loja perdendo 10% do seu valor, é um bem de consumo de altíssimo custo. Portanto, ele deve estar associado a necessidades reais, e não a impulsos apenas por status", diz Reinaldo Domingos, educador financeiro.

FINANÇAS PURAS
Sob o ponto de vista puramente financeiro, os analistas são unânimes: se for apenas para fugir do rodízio, ir e voltar do trabalho ou eventualmente levar os filhos a algum lugar "ou seja, quando o carro não é um meio essencial de sustento da família", é mais adequado mesclar o uso de táxi e transporte público. Pelo menos até o profissional atingir certa estabilidade no trabalho e conseguir ter dinheiro suficiente que garanta a manutenção de alguns luxos como, por exemplo, não apenas bancar o seu próprio carro, mas também os dos filhos.

"Conheço executivos que não têm nenhum pudor de dizer que andam de metrô. Mas também conheço executivos com carros fantásticos, que transmitem aquela imagem de bem-sucedido, mas que no fundo são extremamente endividados. Eles estão comprometendo o futuro da saúde financeira familiar", diz o consultor Ricardo Fairbanks Cacciaguerra, da consultoria Dinheiro em Foco, de São Paulo, que trabalha na área financeira há mais de oito anos. Ricardo ressalta que se o profissional necessita realmente parcelar a compra de um carro acima de 12 vezes, ele deve repensar o tipo de veículo que precisa para o dia-a-dia.

Em alguns casos usar ônibus, táxi ou metrô sai mais barato

"Escolha um modelo menos luxuoso e pague à vista. Se você não recebe 2,5% de juros ao mês em uma aplicação em que invista suas economias, por que está disposto a pagar essa porcentagem para uma concessionária?", pergunta Ricardo. Decidida a compra, é necessário peregrinar comparando concorrentes. "Não é só entre as marcas e concessionárias. Você já pesquisou o valor do seguro do automóvel? Em quantas seguradoras? A diferença de preços pode chegar a 60%”", diz Ricardo Cacciaguerra.



fonte: Bruno Vieira Feijó (redacao.vocesa@abril.com.br)

Inteligência Ecológica

Tempos de transparência radical: quem se habilita?

Por Ricardo Voltolini *

A primeira sensação que se tem ao ler Inteligência Ecológica (Elsevier Editora, 2009, 245 páginas), novo e provocativo livro de Daniel Goleman, é que a discussão sobre consumo consciente está na idade da pedra. No Brasil e no mundo. Enquanto aqui ainda se tenta “compreender o fenômeno”, suas motivações e suas barreiras, o autor antecipa um cenário marcado pela ascensão do conceito de transparência radical no qual ecologistas industriais e comunicadores serão chamados a desvendar e comunicar os impactos ocultos em todos os elos da cadeia produtiva de um produto.

Na opinião de Goleman, o primeiro e importante entrave ao consumo responsável diz respeito à lacuna de informações. Qualquer pessoa mais consciente que se disponha a comprar determinado produto considerando o seu impacto para o planeta, para a saúde e para o bem-estar dos trabalhadores que o fabricaram não terá informações consistentes para fazer comparações e, por tabela, escolhas melhores. Simples assim. Os dados informados em rótulos e embalagens — na maioria das vezes, raros e genéricos — indicam, no máximo, se os produtos são “orgânicos” ou “ecológicos”, sem se dar ao trabalho de explicar essas condições.

Para o também autor de Inteligência Emocional, ocultar dados é confortável às empresas. Melhor do que ninguém elas conhecem a maior parte dos impactos de um produto para a saúde e o meio ambiente, mas não se esforçam para divulgá-los — a menos que sejam obrigadas por lei — porque, nesse caso, transparência demais pode prejudicar os negócios. A esse gap entre os dados que possui uma empresa e os recebidos por consumidores Joseph Stiglitz, prêmio Nobel da Economia, deu o sugestivo nome de “assimetria de informações.” Quando quem vende sabe de algo que quem compra não sabe a parcialidade e a eficiência do mercado ficam evidentemente prejudicadas. Isso vale para preços, objeto da tese de Stiglitz. Mas também para impactos ecológicos.

Informação tem, portanto, valor. O conhecimento que ela ajuda a formar resulta em poder de mercado. A ausência de um sistema de indicadores claros e compreensíveis, capazes de orientar os consumidores a respeito dos impactos ocultos do que estão comprando significa — para Goleman — que o mercado recompensa os produtos ambientalmente responsáveis apenas de modo tímido e pontual, o que acaba por se traduzir em pouquíssima pressão competitiva para o aperfeiçoamento de processos verdes. Ou seja: desinformado, o cliente não valoriza os impactos secretos; e se não valoriza, eles permanecem em segredo, garantindo às empresas um salvo-conduto para produzir do modo como sempre produziram, mantendo-se em uma zona de conforto mental, cujo fator competitivo mais importante segue sendo o preço.

A desinformação — vale dizer — não decorre apenas da escassez de informações em rótulos, embalagens e pontos de venda. Mas também da comunicação de informações propositalmente superficiais, irrelevantes ou herméticas, baseadas em enunciados breves que não se sustentam, em alegações vagas ou em tecnicismos impenetráveis. Goleman cita o caso das lâmpadas “com eficiência energética” que se esquecem de oferecer provas dessa condição, os xampus eco-conscientes que de verde só possuem o nome, os inseticidas “livres de substâncias químicas” (como se isso fosse possível) ou os “sem CFCs” (os clorofluocarbonetos estão proibidos há pelos menos 30 anos). Também mencionou o caso das balas inglesas que trazem em seu invólucro informações cifradas sobre substâncias que nem um PHD em química conseguiria compreender a uma primeira leitura.

A essa lista, acrescentaria, por conta de experiência própria, um sabão em pó brasileiro “com partículas verdes”, que parece querer te convencer, apenas adotando a cor verde na embalagem, de que faz bem para a natureza. Isso é greenwashing. Tanto quanto ocultar informações, oferecer dados falsos ou aleatórios em produtos que não entregam o que prometem mina a eficiência do mercado, descompensa a balança em favor do vendedor, desvaloriza as informações realmente consistentes, e confunde o consumidor, gerando ceticismo e desinteresse.

A uma certa altura do livro, Goleman discute os rótulos sob a perspectiva realista de sua utilidade e aceitação. Objeto de forte regulamentação em todo mundo, e também desafio permanente para designers e publicitários, uma primeira constatação importante sobre este singelo selo afixado nas embalagens de produtos é que as informações que ele traz não mudam tanto a consciência dos consumidores quanto se imagina. Estudos de diferentes fontes revelam que benefícios comunicados por rótulos costumam levar anos para serem percebidos. As mudanças de atitude são ainda mais demoradas. Podem consumir décadas.

Doutor em Psicologia em Harvard, Goleman recorre a um outro prêmio Nobel da Economia, George Stigler, para lançar luz sobre esse fenômeno. Na opinião do fundador da Chicago School of Economics, a informação tem um preço. E assimilá-la exige tempo, esforço e demanda cognitiva. Para a maioria das pessoas, tal tarefa está longe de ser simples ou prazerosa. Apresentadas em um rótulo, ela são “menos custosas”, no entanto, quando amigáveis ao comprador, ou seja, comunicadas de modo compreensível a uma primeira e rápida olhada. Ou alguém tem tempo de estudar um rótulo enquanto caminha pelos corredores de um supermercado?

Muita informação nova, essencialmente técnica, torna mais complexo o processo de decisão no ponto de venda, não restando à mente humana outra alternativa senão a de pegar um atalho: diante das opções disponíveis, do esforço mental necessário para avaliar cada dado, do benefício percebido e do tempo estimado (o mínimo possível é o desejável) para tomar a decisão, ela escolhe o que parece ser a opção mais satisfatória, não exatamente a ideal. Essa inércia cognitiva explica porque, na maioria das vezes, o consumidor se repete ao comprar o que já comprou em outro momento– em vez de perseguir o ideal — que requereria um esforço e tempo maiores, optando pelo apego a uma marca que já proporcionou uma experiência suficientemente boa.

Explica também, em alguma medida, porque as poucas informações disponíveis sobre atributos verdes ainda não são vistas e percebidas como um diferencial por grande parte dos compradores. E também porque “vendem” mais valor entre os mais escolarizados, habituados, por conseqüência, a interpretar criticamente as informações.

Incompreensíveis para a maioria dos cidadãos, na medida em que ainda estão muito restritos a um círculo de iniciados, os escassos dados sobre produtos verdes mobilizam menos do que seria necessário, reforçando o discurso de algumas empresas que empurram para o futuro a decisão de comunicá-los em seus rótulos. Nos últimos dois anos, venho perguntando a executivos de diferentes companhias por que, mesmo tendo o que informar, suas empresas preferem não informar. As respostas são quase sempre tão vagas quanto a convicção no diferencial competitivo representado pelo atributo sustentável.

No final das contas, elas parecem mesmo preferir ficar onde estão, no conforto das práticas que conhecem, protegidas do risco de serem comparadas, deixando a mudança para quando forem pressionadas por um consumidor mais exigente ou pela força de regulação governamental. Na defesa de suas posições, lançam mão de pesquisas que mostram o que já se sabe: que os consumidores não lêem rótulos, que não compreendem nem valorizam informações verdes e que, céticos, desconfiam até de que elas sejam mero truque de marketing.

Estariam certas em sua lógica? Não precisa grande esforço de futurologia para projetar que, em breve, os rótulo verdes deixarão de ser diferencial para se transformarem em lugar comum, ante a crescente valorização das questões socioambientais pela sociedade contemporânea. Tirarão proveito da imagem de pioneirismo, no entanto, aquelas companhias que enfrentarem o desafio técnico de “baratear” o custo cognitivo da nova informação, comunicando os dados de modo claro e compreensível, e o desafio ético de educar os consumidores para uma atitude de consumo mais engajada, ainda que essa empreitada exija paciência professoral.

Na visão de Goleman, o quadro vai mudar muito nos próximos anos. A transparência ecológica deve se tornar radical, o que significa, que os rótulos informarão os consumidores não apenas sobre a pegada de carbono do produto, mas todos os impactos gerados em cada estágio de seu ciclo de vida, incluindo diferentes custos ambientais, externalidades, riscos biológicos e o contexto social de quem o produz. A crença do autor — com a qual compartilhamos — é que o acesso facilitado a informações-chave hoje propositalmente ocultas mudará para melhor consumidores, empresas e sociedade. Os consumidores, porque poderão transformar o ato de compra em um ato político, uma espécie de voto na construção de um mundo e um planeta melhores. As empresas, porque, estimuladas pela competitividade do consumo consciente, dedicarão mais atenção a aperfeiçoar processos, reduzindo os impactos de seus produtos. E a sociedade, porque, afinal de contas, será diretamente beneficiada pelo valor adicionado de decisões mais inteligentes de consumidores e empresas.

Goleman acredita que isso venha a acontecer. O primeiro passo é informar melhor.

* Ricardo Voltolini é publisher da revista Idéia Socioambiental e diretor da consultoria Ideia Sustentável.
Seções


(Envolverde/Instituto Akatu)

Carnaval e a sustentabilidade

Carnaval deficitário e insustentável

O carnaval é uma festa “deficitária” na área econômica e “insustentável” na questão ambiental. Os recursos aplicados pelos governos no evento poderiam ser substituídos por incentivos do setor privado, e o lixo gerado nos desfiles das escolas de samba, principalmente, deveria ser reaproveitado. A avaliação é da gerente da Área de Economia Criativa do Sebrae - Rio, Heliana Marinho.

“Do ponto de vista econômico, pelos nossos cálculos, o carnaval é deficitário, porque conta com muito subsídio público”, destacou a gerente que coordena desde o ano passado uma pesquisa sobre a economia do carnaval. Os resultados preliminares mostram que é preciso profissionalizar a festa, e incentivar a criação de empregos formais, além de diminuir o desperdício de materiais que não são reutilizáveis, como látex e isopor.

Estimativas do Sebrae revelam que as 12 escolas de samba do Grupo Especial investem, pelo menos, cerca de R$ 4 milhões na festa, sendo que quase a metade do dinheiro vem do governo municipal. O montante não leva em conta os recursos aplicados nas escolas do Grupo de Acesso A, na infraestrutura do Sambódromo e nos recursos humanos deslocados para o local.

Beneficiada diretamente com a lotação de restaurantes e da rede hoteleira, que tem a ocupação prevista em torno de 90% nesse época, a iniciativa privada deveria se comprometer mais com os custos da festa. Para Heliana Marinho, é preciso transformar o carnaval popular em business. “Os empresários tem retorno a custas do governo. É preciso uma mudança de mentalidade capaz de preparar o empresariado para assumir os subsídios e também investir mais em serviços e negócios. O carnaval é um grande momento no qual muitas pessoas de fora lotam a cidade.”

Para resolver outro gargalo da festa, o lixo, a gerente sugere comprometimento das escolas desde o planejamento, no momento da compra de materiais. “Mais de 80% dos gastos das escolas são com insumos [produção de alegorias e fantasias] e infraestrutura, que dificilmente são reaproveitados em outros anos”, diz Heliana. Mesmo que escolas, no seu desmonte, encaminhem peças para rede de ensino, o desperdício é muito grande.

A geração de empregos formais, de acordo com o estudo do Sebrae, poderia ser incentivada por meio da formação de profissionais na área de economia criativa em cursos técnicos e também com a capacitação em pequenos negócios, inclusive com o cadastramento de camelôs como microempreendedor. Com o título, os empresários informais teriam direito a Previdência.


(Envolverde/Agência Brasil)