segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Uma horta no apartamento

Plante uma horta no seu apartamento

Tomando sol na janela manjericão, alecrim, cebolinha e tomilho - foto:Eric Allix Rogers

Quando pensamos em horta, a imagem que vem à cabeça são aqueles grandes espaços de terra, em locais tranquilos e pouco habitados do campo. Mas os moradores de grandes cidades cada vez mais têm descoberto as vantagens – e facilidades – de se criar pequenas plantações dentro de apartamentos. São ótimas para cultivar ervas usadas para tempero, como manjericão, manjerona, cebolinha, hortelã, sálvia ou capim-limão.

A primeira vantagem é evitar o desperdício, já que muitas plantinhas amarelam poucas horas depois de chegarem da feira. A segunda vantagem é que, cultivando a própria comida, há garantia de que ela está livre de agrotóxicos. O custo não passa de R$ 10 ou R$ 15 por floreira e o tempo de preparo da terra, uns 10 minutos, além da rega diária. Onde deixar os vasinhos? Na varanda, na janela, até mesmo no varal (pendurada por um pregador). A única exigência é que bata sol, de preferência pela manhã.

Confira um passo a passo para montar a sua horta de apartamento.

  • Compre uma floreira ou prepare um recipiente – vale até mesmo as cestinhas em que são colocados os pregadores (boas opções para serem penduradas no varal ou com uma cordinha, perto da janela).
  • No fundo do vaso, coloque brita, pedras, carvão ou bolinhas de argila.
  • Depois, coloque a terra, deixando ainda um bom espaço para a superfície. Para iniciantes, vale comprar a terra já preparada (ela deve ser mista: 1/3 da vermelha, 1/3 da preta e 1/3 de húmus de minhoca e areia, tudo misturado)
  • Insira a muda escolhida (os temperos, como o manjericão, são boa opção para começar), mas não force, para que a raiz não fique machucada. Logo depois, cubra com mais terra. Por cima, podem ser colocadas pedras para enfeitar.
  • Agora é só regar e esperar que sua plantinha renda bons temperos.

Gostou do assunto? No post de amanhã, aprenda a preparar “pesticidas caseiros”, que reavivam plantas destruídas por parasitas. E não deixe de conferir a demonstração da paisagista Kátia de Camargo, no vídeo produzido pela Veja.com.

Horta urbana: quando as pragas atacam

Ele é bonitinho, mas está comendo o meu manjericão - foto: Edudflog

Ter uma horta em casa é ótimo até que… surgem as pragas. Apesar de potencialmente destruidoras, é fácil detectá-las. A planta para de crescer, perde vitalidade e, em alguns casos, é possível até ver bichinhos quase microscópicos andando entre as folhas. A solução é contra-atacar com “pesticidas” caseiros que, claro, não têm químicos.

— Recomendo o fumo de corda, que é natural. As pessoas jamais devem utilizar agrotóxicos em casa, principalmente se tiverem crianças ou animais no local, sugere o agrônomo Alexandre Furcolin. Confira a receita caseira fornecida por ele para dois pesticidas ecológicos:

Fumo de corda – pique fumo de corda e coloque em álcool, na proporção de 10 gramas para 50 mililitros, acrescentando a mesma quantidade de água. Deixe curtir por 15 dias e, então, dissolva 10 gramas de sabão neutro em 1 litro de água e acrescente à mistura. Pulverize a planta atingida.

Mistura de camomila – misture 50 gramas de flores de camomila a 1 litro de água e deixe curtir por três dias. Durante esse tempo, agite o conteúdo quatro vezes ao dia. Para usá-la, coe e pulverize na planta.

Essas quantidades são suficientes para pulverizar alguns vasos, por pelo menos um mês, a cada dois dias.

Fonte: http://www.oecocidades.com - Por Lúcia Nascimento

TV Cultura: a saga de desmonte do patrimônio público

Trabalhadores da TV Cultura vivem dias de tensão na emissora sob ameaça de demissões, enquanto o bem público segue servindo ao privado em São Paulo

Por Débora Prado

Os funcionários da TV Cultura estão preocupados. Não é para menos. Há anos não recebem um reajuste real no salário, nem hora extra, as denúncias de assedio moral são recorrentes e cada vez mais a carteira assinada é substituída pelo famoso PJ (quando o funcionário é obrigado a se tornar uma ‘pessoa jurídica’ para que num contrato entre ‘empresas’, o patrão não precise arcar com os direitos trabalhistas). Para piorar, no começo do mês, o colunista do R7 Daniel Castro afirmou que a direção da emissora prepara uma reestruturação que deve gerar mais de mil demissões.

Os rumores consternaram e não é para menos. Embora não haja nenhuma confirmação dos cortes, o economista João Sayad – a frente da presidência da Fundação Padre Anchieta - também não afirma que os empregos serão mantidos. A precarização das condições trabalhistas é crescente e, pior, é apenas um dos braços do desmonte e desvio da emissora, que deveria ser um bem público paulista.

Sayad fala somente em uma ‘reestruturação de conteúdo’ e em enxugar o orçamento. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo no dia 9 de agosto, disse que a grade da televisão está sendo estudada e haverá repercussões. Em reunião com o Conselho da emissora, falou em abrir o espaço para “produções independentes”.

Está armado o golpe. Com o PSDB há 20 anos a frente do governo estadual em São Paulo, acontece na cultura o que já aconteceu em várias outras áreas: a administração promove o desmonte de um bem público e depois o acusa de ineficiência para privatizar.

O discurso é frágil e baseado em premissas generalistas. Por exemplo, a emissora pode não custar tão caro quanto ele diz. Um dos funcionários fez uma conta simples e apresentou na última assembleia: a partir de um DVD institucional comemorativo calculou que, nos 41 anos de vida da emissora, ela recebeu, em média, R$ 87 milhões (valores atualizados) por ano. O montante, dividido pelos cerca de 40 milhões de habitantes do Estado, resulta na pouco substanciosa cifra de R$ 2,18. Ou seja, a emissora custa ao contribuinte menos de três reais POR ANO.

A TV Cultura já não produz nenhum programa infantil, área bem reconhecida por grande parte do público. A programação para jovens e adolescentes também está sendo atacada. Já acabaram com as gravações do Teatro Rá Tim Bum, Cocoríco, Pé na Rua e Cambalhota. O próximo alvo deve ser o Login, que, segundo os rumores internos, deve parar de ser gravado em algumas semanas.

O Manos e Minas, um dos poucos programas na televisão brasileira que retratava o universo do jovem da periferia, já parou de ser gravado. No dia 5, uma movimentação no twitter com a tag #salveomanoseminas ficou no trending topics Brasil, ou seja, foi uma das mais citadas na rede social do País. Diante dos protestos, estão sendo colhidas assinaturas para um abaixo assinado contra o fim do programa (
veja mais informações). A equipe continua indo na emissora, pois o contrato ainda não acabou, mas não sabe o que fazer. Para piorar, dos 18 funcionários, 17 são contratados pela fraude dos PJs e estão em situação super instável.

Sayad pegou os trabalhadores que de fato constroem a grade da emissora em dois pontos sensíveis: a autoestima e o emprego. Em assembléia em frente à emissora no dia 9 de agosto, muitos deles defendiam a qualidade da programação e aquilo que deveria ser a essência de uma TV pública. O deputado federal Ivan Valente (PSOL) esteve lá conversando com os funcionários e disse que “onde há fumaça, há fogo”, classificando a reestruturação como um ataque a lógica do que deve ser uma emissora pública e uma ameaça ao emprego e dignidade dos trabalhadores.

Outra assembléia aconteceu no dia 12 de agosto, na praça em frente às instalações da Cultura, em São Paulo. O Sindicato dos Radialistas de São Paulo e o dos Jornalistas devem realizar assembléias todas as quintas-feiras para tentar frear as demissões. A idéia é conseguir uma liminar na justiça que impeça qualquer corte enquanto a situação está em debate.

Segundo a direção informou às lideranças sindicais, há hoje na Cultura 2.150 funcionários, sendo 880 contratados pelo esquema de PJs. Alguns funcionários relataram, ainda na assembléia, que trabalham como cooperados. Desse total, cerca de 450 funcionários da Cultura estão atuando na TV Justiça e TV Assembleia e estão com os contratos para vencer – correndo sério risco de perder seus empregos. Os números não são exatos, nem oficiais e há muito pouca transparência nesse sentido.

A TV cultura não pertence ao Governo, mas sim ao público de São Paulo, ou seja, a sociedade civil. Ela deveria ser supervisionada pelo Conselho Curador, que infelizmente atua mais ratificando os desmandos tucanos do que supervisionando de fato se a concessão está servindo ao interesse público.

É pública
A grosso modo, o patrimonialismo é a característica de um Estado que não possui distinções entre os limites do público e do privado. O termo foi muito usado para qualificar as monarquias do absolutismo. Pois em São Paulo, alguns monarcas tucanos parecem possuir tal qualidade. Quando não privatizam diretamente, se apropriam do público para atender aos interesses privados dos grupos próximos da sigla. Isto acontece na educação, na saúde, nos transportes e até na coleta de lixo. E acontece também na comunicação.

A TV Cultura é uma rede pública e não estatal. Mas, não atua como tal. Não deveria servir ao governo do Estado, muito menos a mandatos específicos, mas na prática a coisa se complica. Ser pública significa que a vontade da sociedade civil deveria ser consultada antes de qualquer mudança estrutural. Funciona ali a mesma lógica que torna o Brasil um campo de batalha pela democratização das comunicações, onde a mídia é um dos mais fortes aparelhos privados de hegemonia ideológica.

O sistema de comunicações brasileiro é uma “herança maldita” da ditadura militar, que funciona via incentivo estatal ao desenvolvimento do capital privado. Em 1998, Fernando Henrique Cardoso, do mesmo PSDB, promoveu a maior privatização na área e rifou o Sistema Telebrás.

E o governo Lula não mudou este modelo. Os meios de comunicação seguem centrados nas mãos de poucos grupos e as concessões públicas de televisão vencidas foram renovadas automaticamente, sem nenhum debate com a população. A nomeação de Hélio Costa (PMDB), conhecido no movimento pela democratização como "o ministro da Globo", é emblemática.

Desenvolver uma verdadeira TV pública no Brasil implicaria numa concepção realmente pública de radiodifusão, subordinada então ao controle público (não só estatal, mas também da população) e não à lógica comercial. Deveria conter uma programação interessante e de qualidade que representasse a diversidade cultural e regional do País.

Para isto, seria necessário termos o controle social da mídia, que poderia funcionar, por exemplo, por meio de conselhos onde a população e o os trabalhadores de uma emissora pudessem estar devidamente representados. Mas a pequena parcela que senta em cima da comunicação brasileira atualmente não abre espaço para este debate. Quando se fala em democratização pelo controle social logo gritam – censura! E fim de papo.

Débora Prado é jornalista
debora.prado@carosamigos.com.br

fonte: Correio Caros Amigos

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

TRANSFORMAÇÃO DO DNA


O Novo Ser, o DNA e as mudanças celulares.

Entrevista do Dr. Berrenda à Patrícia Resch

Dr. Berrenda Fox, doutorado em Fisiologia e Naturopatia, provou através de exames de sangue que algumas pessoas têm, realmente, desenvolvido novas seqüências de DNA. As suas pesquisas fornecem evidências de mudanças no DNA e nas células. A seguir, uma entrevista realizada por Patrícia Resch com o Dr. Berrenda Fox, onde ele explica o processo evolutivo pelo qual está passando a humanidade através da relação com as mudanças no DNA...



Patrícia Resch: Berrenda, conte-nos um pouco sobre sua experiência.


- Sou doutorado em Fisiologia e Naturopatia. Durante meu treinamento na Europa também estive envolvido com a mídia e ainda continuo, em filmes e gerenciamento. Como você sabe, estou trabalhando com a Rede de Televisão Fox, a fim de trazer um pouco de entendimento sobre extraterrestres e seu papel no que está acontecendo com a humanidade no momento atual. Os mais conhecidos são ''Sightings' ' e ''Arquivo X''.



Patrícia Resch: Quais são as mudanças que estão ocorrendo neste momento no planeta e como nossos corpos têm sido afetados?


-Existem grandes mudanças, mutações que não ocorriam, de acordo com geneticistas, desde quando, supostamente, saímos da água. Há alguns anos atrás na cidade do México houve uma convenção de geneticistas de todo o mundo e o tópico principal foi a mudança no DNA. Nós estamos fazendo uma mudança evolucionária, embora não saibamos em que vamos nos transformar.



Patrícia Resch: Como está mudando o nosso DNA?


-Todas as pessoas têm uma hélice dupla de DNA. O que estamos descobrindo é que existem outras hélices que estão sendo formadas. Na hélice dupla, existem duas seqüências de DNA enroladas em uma espiral. Meu entendimento é o de que iremos desenvolver doze hélices. Durante este tempo, que parece ter começado talvez entre 5 e 20 anos atrás, temos sofrido uma mutação. Esta é a explicação


científica.... É uma mutação da nossa espécie em algo para o qual o resultado final ainda não é conhecido. As mudanças não são conhecidas publicamente porque a comunidade científica sente que isso amedrontaria a população. De qualquer forma, as pessoas estão mudando a nível celular.


NT: Estamos atualmente na 5ª Raça Aria e nos desenvolvendo para a 6ª Raça rumo à última e 7ª raça, mais translúcida e, portanto, menos densa. Tal qual a 1ª raça humana. A 3ª raça foi a Lemuriana e a 4ª a Atlante.


Estou trabalhando atualmente com três crianças que possuem três hélices de DNA. A maioria das pessoas sabe e sente isso. Muitas religiões têm falado sobre a mudança e sabem que ela ocorrerá de diversas formas....


Nós sabemos que é uma mutação positiva, mesmo que fisicamente, mentalmente e emocionalmente possa ser mal compreendida e assustadora.



Patrícia Resch: Estas crianças estão demonstrando alguma característica diferente de outras crianças?


-São crianças que podem mover objetos através da sala apenas se concentrando neles ou podem preencher copos com água apenas ao olhá-los. Elas são telepatas. Você quase pode considerá-las como parte angélicas ou super-humanas, mas elas não são. Eu acho que elas são aquilo no qual estaremos nos tornando durante as próximas décadas...



Patrícia Resch: Você acha que isso ocorrerá com todos nós?


-Parece que a maioria das pessoas que nasceu antes de 1940 não são capazes de fazer a mudança, mas começaram alguma coisa para a geração seguinte, dando a ela a capacidade de formar outra hélice durante seu tempo de vida. Nossos sistemas imunológico e endócrino são a maior evidência destas mudanças.


Esta é uma das razões pela qual trabalho com pesquisas em testes imunológicos e terapia. Alguns adultos que testei já têm outra hélice de DNA em formação. Alguns já estão em sua terceira hélice. Estas pessoas estão passando por uma série de mudanças em suas consciências e corpos físicos, porque estas duas coisas são, na verdade, uma só. Na minha opinião, a Terra e todos os que aqui vivem, estão aumentando a sua própria vibração. Muitas das crianças nascidas recentemente têm seus corpos magneticamente mais brilhantes. Aqueles de nós que somos mais velhos e que escolhemos mudar, temos que passar por diversas alterações físicas.



Patrícia Resch: O que provoca mudanças em corpos nascidos com as duas seqüências de DNA normais?


-A maneira mais fácil de mutação em nosso DNA é através dos vírus.


Conseqüentemente, os vírus não são necessariamente maus. Os vírus vivem unicamente em tecidos vivos. Vírus de DNA como Epstein Barr e Herpes no 6 alteram a estrutura celular. O retro virus HIV não é um vírus de DNA. Ao contrário de provocar mutações no corpo, na verdade, ele o devora.


A maioria das pessoas que passa por este processo, como que ressurgindo do outro lado, muda para uma nova profissão, uma nova forma de pensar ou, pelo menos, inicia um novo modo de viver. Embora elas possam se sentir doentes, cansadas, ou algumas vezes desesperançosas, isto na verdade é um dom. Foi dada a elas a chance de mudar sua estrutura de DNA e seu corpo para um corpo mais saudável e brilhante, que poderá mantê-lo na próxima geração. Os anjos que têm sido vistos são sinais de que estamos mudando. Eu entendo que temos até aproximadamente o ano 2012 para completar este processo.



Patrícia Resch: Que outras mudanças podemos esperar?


-Não ocorrerão doenças, não precisaremos morrer. Seremos capazes de aprender nossas lições não através do sofrimento, mas através de prazer e do amor. O sistema antigo desmoronou e isso não poderia ocorrer sem uma grande luta. Então, vocês têm guerras, várias formas médicas de cura não estão funcionando, o governo não está agindo. Vários antigos paradigmas não podem mais existir, embora estejam lutando para manter-se, mas não há dúvidas de que tudo está mudando. Aqueles de nós que escolheram viver neste momento são precursores de quase praticamente uma nova espécie. É humana, embora estejamos ao mesmo tempo manifestando o paraíso na Terra. Estamos recebendo ajuda extra de mestres, extraterrestres, seres angélicos e aprendendo a entrar em nosso íntimo. Quanto mais nos tornarmos capazes de entrar e de ouvir aquela voz interior silenciosa, mais estaremos em sintonia com as mudanças que estão ocorrendo.



Patrícia Resch: Quais são alguns dos efeitos colaterais destas mudanças?


-Com uma mudança celular, você irá algumas vezes sentir como se você não estivesse aqui. Você pode se sentir exausto, porque nós estamos literalmente mudando células e nos tornando novos seres....


Como um bebê, você pode necessitar de muito descanso. Podem ocorrer sintomas como confusão mental e a falta de capacidade de concentração em tarefas rotineiras, já que fomos programados para algo maior. São comuns sofrimento e dores no corpo para os quais não haja nenhuma causa específica. Muitas pessoas sentem como se estivessem ficando loucas. Se estas pessoas forem a um consultório médico ortodoxo, é bem provável que sejam medicadas com Prozac, porque não saberão diagnosticá-las. É difícil para a profissão médica porque eles não estão habituados a lidar com o corpo energético. Como os chakras estão relacionados ao nosso sistema endócrino, as mulheres passarão por mudanças hormonais. Poderão chorar sem saber porque, já que chorar libera hormônios.


Fonte: Publicado no Blog Eu Sou Luz INterior
Colaboração: Paula X

O LIVRO NÃO MORREU, segundo Darnton em entrevista na Flip

Prosa & Verso

A versão digital do suplemento literário de O Globo

prosaonline@oglobo.com.br

Flip 2010: Darnton e Makinson afirmam: 'O livro não morreu e nem vai'

O segundo dia de debates da 8ª Festa Literária Internacional de Paraty começou com a continuação da discussão do futuro dos livros. Novamente, o historiador e diretor da biblioteca de Harvard Robert Darnton subiu ao palco da Tenda dos Autores para refletir, desta vez ao lado de John Makinson, CEO da editora Penguin Books, e da mediadora Cristiane Costa, sobre os destinos da palavra escrita e continuar o papo sobre o ambicioso projeto de digitalização de livros do Google, o papel do editor neste novo mercado e as infinitas possibilidades de interação de mídias nos e-books. O aprimoramento e a popularização destas tecnologias estaria levando o mundo dos livros uma nova era, em que se vive a emergência da chamada quarta tela que, depois da televisão, do computador e do celular, pertence aos tablets.

Diante de uma plateia interessada, que por várias vezes vibrou com as opiniões expostas na palestra, Darnton foi categórico ao afirmar que vê muito futuro à frente da literatura e que livros tradicionais e digitais podem coexistir pacificamente.

- O rádio não matou o jornal, a TV não matou o rádio. É claro que o futuro é digital, mas o livro não morreu e nem vai. Neste ano serão publicados 1 milhão de livros em todo mundo, só estamos passando por uma transição.

Por sua ligação com as questões de mercado, Makinson acabou sendo questionado sobre os métodos que as editoras estrangeiras vêm buscando para não enfrentar uma crise similar à que afetou a indústria fonográfica, reduzindo a venda de CDs em até 70% nos últimos anos.

- Há uma grande diferença entre o mercado musical e o de livros. Com a era digital, o consumidor viu que era possível comprar apenas uma música, mas ninguém vai chegar em uma livraria e comprar apenas um capítulo de um livro. As pessoas podem ter 35 mil músicas num iPod, mas não faz sentido terem 35 mil livros num e-reader - explicou o convidado, que além de publisher, é dono de uma pequena livraria independente na Inglaterra. - Diferentemente da indústria fonográfica, a impressão ilegal ainda não afeta as vendas de livros.

Outro ponto importante da discussão atual sobre o processo de digitalização de livros é o Google Books, projeto do qual Darnton é crítico ferrenho.

- Admiro o Google e acho excelente que o Google Books tenha 2 milhões de livros em domínio público para o livre acesso, mas é inaceitável o projeto deles de pegar os livros de bibliotecas como a de Harvard, digitalizar e cobrar de nós o acesso a este acervo que é de pesquisa. E isso me preocupa, é a privatização do conhecimento e um monopólio comercial - disse o historiador, arrancando aplausos da plateia da Flip.

Para uma mesa que tratou de assuntos como a morte do livro, do autor, do jornal e até das bibliotecas, a previsão sobre aquilo que ainda vai ser escrito, publicado e lido foi bastante otimista. Para a dupla de debatedores, autores e editores têm muito a ganhar com a transição literária do papel para o meio eletrônico e as possibilidades de integração com áudio, vídeo, realidade aumentada e hipertexto.

- Quanto mais disponível um livro está, mais ganha o autor. O editor, quando compra os direitos sobre uma obra, recebe os direitos para publicá-los na forma digital e física. O papel do editor não vai morrer. Pelo contrário, tende a aumentar com o as possibilidades de integração de conteúdo. Nós, os editores, temos que desenvolver ferramentas e capacidades para tirar vantagem deste negócio. Temos a chance de experimentar e enriquecer o leitor - disse Makinson.

Para Darnton, os editores ainda têm o importante papel de proteger os direitos dos autores.

- Com a tecnologia, é fascinante perceber que os autores podem dialogar com os leitores diretamente. Mas devemos proteger os direitos dos autores no meio digital, eles merecem ser recompensados pela propriedade intelectual de suas obras.

Segundo os debatedores, o e-book, que não conta com despesas de impressão, estocagem e distribuição, ainda precisa buscar um modelo econômico viável. Métodos como o da subscrição, semelhante o das TVs por assinatura, são possíveis, mas não suficientes, segundo Makinson.

- Acho que há mercado para a subscrição, como no caso de uma pessoa pagar para baixar uma coleção inteira de livros clássicos, mas não sei se esse modelo vai se tornar regra pois as pessoas vão continuar querendo comprar livros 'a la carte', de acordo com interesses específicos.

Flip e as Novas Mídias

O Darnton analógico e o Darnton digital

A ideia de dividir a participação do historiador Robert Darnton na Flip em duas – nas mesas “O livro: capítulo 1”, ontem à noite, e “O livro: capítulo 2”, hoje de manhã – parecia boa, não só como forma de organizar a grande massa de informação trazida pelo convidado mas também como espelho de uma linha histórica que a presente revolução tecnológica quebra inevitavelmente em pré e pós: a primeira conversa foi dedicada à história do velho códex, o livro de papel, e a segunda voltada para os desafios impostos pela cultura digital. Bem, funcionou exatamente assim. O único problema é que os espectadores podem ter saído com a impressão de que o tempo do livro de papel era uma chatice e que toda a diversão vai começar agora, tal foi a disparidade de temperatura entre a primeira mesa, uma conversa de ares acadêmicos mediada pela historiadora Lilia Schwarcz, e a segunda, uma entrevista conduzida pela jornalista Cristiane Costa.

Diretor da Biblioteca de Harvard e pesquisador especializado no Iluminismo francês, Darnton teve ontem à noite a companhia de outro historiador dedicado à investigação da leitura, Peter Burke. Não por acaso, os dois estavam loucos por fazer pontes entre o passado e o futuro. Por exemplo, na questão dos direitos autorais, cuja flexibilização ambos defenderam como forma de ampliar o acesso ao conhecimento – Darnton qualificou de absurda a lei que fixa o início do domínio público em setenta anos após a morte do autor. No entanto, talvez preocupada em não invadir a seara da mesa seguinte, a mediadora os refreava. Ainda bem que alguma coisa escapou:

“Um desenvolvimento muito interessante na Wikipedia são os avisos de que tal artigo não merece inteira confiança, de que falta citar fontes, de que pode ter um viés político. Isso é importante porque ensina aos leitores que ainda não saibam disso que é preciso ler tudo com olhar crítico.” Peter Burke

“Não leio livros em máquinas. Nada contra, provavelmente devia estar fazendo isso. Respeito as pessoas que o fazem. Suas máquinas ficarão cada vez melhores e logo todo mundo estará usando, pelo menos para alguns propósitos. O futuro é digital, não há como evitar.” Robert Darnton

“Sou semi-otimista [sobre o futuro do livro], o que significa ser também semi-pessimista. Não acredito na morte do livro de papel nas proximas décadas, mas acho que sua importância vai diminuir. E talvez não só a do livro de papel, mas o do próprio livro como ideia. Os livros que sobreviverem tenderão a ser mais curtos. Me preocupo com o futuro dos grandes clássicos, especialmente os livros longos, como ‘Guerra e paz’. Não vejo as pessoas pegando o Kindle para ler um livro de mil páginas. Me preocupa que as novas gerações possam perder a capacidade de ler devagar. Eu acho que ler devagar, como cozinhar devagar, é muito importante para a civilização.” Peter Burke

A segunda mesa, hoje, reuniu Darnton e John Makinson, CEO da poderosa editora Penguin, que construiu seu império vendendo livros a custo baixo e que está entrando no mercado brasileiro em sociedade com a Companhia das Letras. Até por ter, assim, um pé na estratégia mercadológica de uma grande empresa, mas não só por isso, a conversa se abriu para o mercado editorial atual e acabou por tocar na maioria das questões que afligem editores, livreiros e autores.

Makinson rejeitou o paralelo entre a indústria do disco, ferida de morte pela onda digital, e a do livro. “Há grandes diferenças entre o livro e a música”, afirmou. “Havia uma fraude no mercado fonográfico, pois as pessoas nunca quiseram comprar discos, queriam comprar faixas, e foi isso Steve Jobs revelou com o iPod. Mas ninguém entra numa livraria e pede para comprar um capítulo. E há uma diferença no modo como o público se relaciona com o objeto: não é cool ter 35 mil livros no ebook, mas é cool ter 35 mil músicas no iPod.”

Darnton expôs um dado histórico tranquilizador para seu companheiro de mesa. “Este ano vai haver um milhão de livros impressos no mundo. Uma das lições que a história nos ensina é que uma mídia não precisa matar a outra para se instalar. Depois da invenção da imprensa, o manuscrito continuou existindo até século 18 ou mesmo o início do 19. Para tiragens até cem exemplares, era mais barato contratar escribas para copiar os livros do que imprimi-los. O futuro é digital, mas isso não significa que o códex esteja morto. Temos que inventar novas formas em que o livro analógico e o digital possam se ajudar um ao outro.”

Ambos se declararam mais preocupados com o futuro dos jornais impressos, estes sim ameaçados frontalmente pela onda digital. “Nenhum dos meus alunos lê mais jornal impresso”, declarou Darnton. Makinson acrescentou uma preocupação com a vitória da leitura orientada por mecanismos de busca, em que o leitor encontra apenas o que procura, sobre o hábito de folhear um periódico e esbarrar com informações que até então não imaginava pudessem interessá-lo. “Isso nos diminui como leitores”, disse.

Por outro lado, discordaram quanto ao receio da volatilidade inerente ao meio eletrônico. Darnton disse ter pesadelos literais com o desaparecimento de milhões de livros, provocado pela obsolescência de software, hardware e mecanismos de busca, enquanto Makinson deu de ombros. Já as novas possibilidades do livro – ou que nome a coisa venha a ter – para além da palavra escrita os entusiasmam de modo semelhante. Segundo Makinson, o mercado editorial terá que desenvolver novas habilidades para explorar a interação entre palavra escrita, áudio e vídeo. Darnton anunciou que seu próximo livro, sobre a transmissão oral de conhecimento em antigas canções francesas, estará disponível digitalmente acompanhado de música.

Não foram esquecidas as questões que têm despertado maior interesse midiático no campo de cada um: a crise deflagrada pelo agente literário Andrew Wylie, no caso de Makinson, e a batalha contra o Google, no de Darnton:

“Sobre o caso de Andrew Wylie, o principal agente literário do mundo, que decidiu abrir sua própria editora para publicar livros digitais dos autores que representa, meu ponto de vista é que, em primeiro lugar, os direitos físicos e os digitais nao devem ser divididos. Isso é melhor inclusive para o autor, pois permite à editora trabalhar de forma ampla as estratégias de promoção do livro. O segundo ponto complicado é que o acordo de Wylie é só com a Amazon, e minha experiência mostra que, quanto mais numerosos e diversificados forem os canais de distribuição, mais o livro vende. Dito isso, estou mais tranquilo com essa questão do que muitos de meus colegas, porque ela representa apenas um pequeno número de casos em que os direitos digitais foram excluídos dos contratos originais. Nós da Penguin deixamos claro que não contratamos livros cujos direitos digitais não venham junto. Mas me oponho à decisão de Wylie por uma questão de princípio.” John Makinson.

“Em primeiro lugar, devo dizer que admiro o Google, que fez coisas maravilhosas, e não quero soar como um D. Quixote. A digitalização do conhecimento é uma grande oportunidade e um grande risco. O Google já digitalizou cerca de 2 milhões de livros que estão em domínio publico. Não cobra pelo acesso e ganha discretamente com publicidade, mas isso não me incomoda. O que me preocupa é a comercialização do nosso patrimônio cultural. Na biblioteca de Harvard temos 14 milhões de livros. O Google nos procurou e propôs digitalizar tudo sem custo para nós, mas em troca eles nos cobrariam pela leitura em formato digital. Isso é inaceitável. Estão criando o maior monopólio já visto, um monopólio de informação. Não acho correto comercializar uma biblioteca que foi formada ao longo de séculos e deixar isso na mão de uma empresa que precisa gerar lucro para seus acionistas. A República das Letras, com seu acesso universal ao conhecimento, ideal do seculo 18, tem uma chance de ser tornada real no século 21, mas precisamos encontrar modelos que façam isso levando em conta o interesse público, não o privado.” Robert Darnton, muito aplaudido.



06/08/2010
às 12:38 \ Vida literária

O iPad chinês

Por Nelson Vasconcelos


Um discreto cartaz tem intrigado clientes do simpático sebo Luzes da Cidade, em Botafogo. Diz simplesmente: “Compramos Kindles usados”. Um sebo comprar leitores eletrônicos não seria um curioso sinal dos tempos? Pena que não seja bem assim. Em princípio, trata-se de uma brincadeira. “Mas é o tal negócio: se colar, colou”, diz o gerente da casa, Francisco Neiva.

No e-Bay americano há várias ofertas de leitores eletrônicos usados; no Mercado Livre brasileiro, quase nada. Ninguém ainda se candidatou a vender um Kindle para o Luzes da Cidade. Mas esse negócio vai acabar surgindo por aqui. Afinal, a tecnologia avança, seus fãs rapidamente se atualizam, e as máquinas se tornam aparentemente obsoletas em pouco tempo. E ficam valendo quase tanto quanto um livro usado..


Nos EUA, o mercado de e-readers (ou seja, os livros eletrônicos como o Kindle) está fazendo mais uma vítima de peso. Semana passada, a rede de livrarias Barnes & Noble anunciou que está à venda. É um colosso, criado em 1917, que hoje mantém 720 lojas em 50 estados, com 40 mil funcionários. Há dez anos, valia US$ 2,2 bilhões; hoje vale cerca de US$ 1 bilhão – com viés de baixa, ao sabor das bolsas.


A B&N chegou a lançar há cerca de um ano, seu próprio e-reader, o Nook. Muito simpático, leve, não convenceu o mercado. Mereceu um auê inicial, mas parece que não decolou.


Na outra ponta está a grande inimiga das livrarias tradicionais. No reino dos e-readers, a Amazon e seu Kindle estão fazendo bonito. Em dez anos, seu valor de mercado subiu de US$ 2,7 bilhões para US$ 55 bilhões – não apenas por causa do Kindle, claro. E, como já comentado, hoje vende mais livros digitais do que exemplares de capa dura.


O mercado brasileiro, como sempre, é bem mais atrasado que o americano. Mas não custa ficar de olho no que acontece lá fora. Para copiar acertos e tentar evitar erros. Ou o contrário, como pode acontecer...

Semana passada, no pavilhão de empresas chinesas da PhotoImageBrazil (com Z), fui apresentado a algo parecido a um iPad. Naturalmente, made in China... Fabricante: Pilot Technology.


Pelo pouco que vi, parecia uma boa máquina, rapidinha, rodando Linux (!) e aplicativos bem interessantes. Comecei me interessar pelo produto quando o chinês viu meu crachá de imprensa. Ele rapidamente recolheu a máquina e começou a falar em mandarim contemporâneo, chio de gírias e palavras feias. E me tirou das mãos o iPad de mentirinha. A semelhança com o legítimo é total.


Podemos apostar no seguinte: muito em breve, haverá num camelô perto de você um iPad que, certamente, sairá bem mais em conta que o original. Quer apostar?


Publicado no dia 10/08/2010, coluna Conexão Global, caderno Economia do jornal O Globo.

nelsonva@oglobo.com.br

Crônica de Arnaldo Jabor - 10/08/2010

As bombas desejam explodir


Há 65 anos, em 6 e 9 de agosto de 1945, os americanos destruíram Hiroshima e Nagasaki. Todo ano me repito e escrevo artigos parecidos sobre a bomba nessas datas, não para condenar um dos maiores crimes da humanidade, não, mas para lembrar que o impensável pode acontecer a qualquer momento.

Agora, não temos mais a Guerra Fria; ficamos com a guerra quente do deserto - a mais perigosa combinação: fanatismo religioso e poder atômico. Vivemos dois campos de batalha sem chão; de um lado, a cruzada errada do Ocidente, apesar e além de Obama. Do outro, temos os homens-bomba multiplicados por mil. E eles amam a morte.

Hoje, já há uma máquina de guerra se programando sozinha e nos preparando para um confronto inevitável no Oriente Médio. Estamos num momento histórico, em que já se ouvem os trovões de uma tempestade que virá. Os mecanismos de controle pela "razão", sensatez, pelas "soft powers" da diplomacia perdem a eficácia. Instala-se um progressivo irracionalismo num "choque de civilizações", sim (sei do simplismo da análise do Huntington em 93, mas estamos diante do simplismo da realidade), formando uma equação com mil incógnitas impossíveis de solucionar. Como dar conta da alucinação islâmica religiosa com amor à morte, do Paquistão, Índia, Israel, do Irã dominado por ratos nucleares em breve, da invencibilidade do Afeganistão, com a hiperdireita de Israel com Bibi, com o Hamas ou o Hezbollah que querem impedir o "perigo da paz"?

"There is a shit-storm coming" - disse Norman Mailer uma vez.

Tudo leva a crer que algo terrível acontecerá. A crença na razão ocidental foi ferida por dois desastres: o 11 de Setembro e a invasão do Iraque. A caixa de Pandora que Bush abriu nunca mais se fechará.

Estamos às vésperas de uma brutal mudança histórica. Sente-se no ar o desejo inconsciente por tragédias que pareçam uma "revelação". Surge a fome por algo que ponha fim ao "incontrolável", a coisa que o Ocidente mais odeia. Mesmo uma catástrofe sangrenta parecerá uma "verdade" nova.
Vivemos hoje na era inaugurada por Hiroshima. Lá e em Nagasaki, três dias depois, inaugurou-se a "guerra preventina" de hoje. Enquanto o Holocausto dos judeus na Segunda Guerra fecha o século XX, motivado ainda por contradições do século XIX, o espetáculo luminoso de Hiroshima marca o início da guerra do século XXI. O horror se moderniza, mas não acaba.

Auschwitz e Treblinka eram "fornos" da Revolução Industrial, eram massacres "fordistas", mas Hiroshima inventou a guerra tecnológica, virtual, asséptica. A extinção em massa dos japoneses no furacão de fogo fez em um minuto o trabalho de meses e meses do nazismo.
O que mais impressiona na destruição de Hiroshima é a morte "on delivery", "de pronta entrega", sem trens de gado humano, morte "clean", anglo-saxônica. A bomba norte-americana foi considerada uma "vitória da ciência".

Os nazistas matavam em nome do ideal psicótico e "estético" de "reformar" a humanidade para o milênio ariano. As bombas norte-americanas foram lançadas em nome da "razão". Na luta pela democracia, rasparam da face da Terra os "japorongas", seres oblíquos que, como dizia Truman, "são animais cruéis, obstinados, traidores". Seres inferiores de olhinho puxado podiam ser fritos como "shitakes".

A bomba agiu como um detergente, um mata-baratas, a guerra, como "limpeza", o típico viés americano de tudo resolver, rápida e implacável... E continua cozinhando na impaciência dos generais israelenses e dos falcões do Pentágono.

A destruição de Hiroshima foi "desnecessária" militarmente. O Japão estava de joelhos, querendo preservar apenas o imperador e a monarquia. Diziam que Hitler estava perto de conseguir a bomba - o que é mentira.

Uma das razões reais era que o presidente e os falcões da época queriam testar o brinquedo novo. Truman fala dele como um garoto: "Uau! É o mais fantástico aparelho de destruição jamais inventado! Uau! No teste, fez uma torre de aço de 60 metros virar um sorvete quente!..." O clima era lúdico e alucinado... o avião que largou a bomba A em Hiroshima tinha o nome da mãe do piloto - "Enola Gay". Esse gesto de carinho derreteu no fogo 150 mil pessoas. Essa foi a mãe de todas as bombas, parindo um feto do demônio, exterminando 40 mil crianças em 15 segundos.

Os norte-americanos queriam vingar Pearl Harbour, pela surpresa de fogo, exatamente como o ataque japonês três anos antes. Queriam também intimidar a União Soviética, pois começava a Guerra Fria; além, claro, de exibir para o mundo um show "maravilhoso" de som e luz, uma superprodução em cores do novo Império.

O Holocausto sujou o nome da Alemanha, mas Hiroshima soa como uma vitória tecnológica "inevitável". Na época, a bomba explodiu como um alívio e a opinião pública celebrou tontamente. Nesses dias, longe da Ásia e da Europa, só havia os papéis brancos caindo como pombas da paz na Quinta Avenida, sobre os beijos de amor da vitória. Naquele contexto, não havia conceitos disponíveis para condenar esse crime hediondo. A época estava morta para palavras, na vala comum dos detritos humanistas.

Hoje, a época está de novo morta para palavras, insuficientes para deter os fatos. Vale lembrar o poema de William Yeats, "The Second Coming", de 1919, diante do horror da Primeira Guerra...
"Tudo se desmancha no ar. O centro não segura/ a imensa anarquia solta sobre o mundo./ Terrível maré de sangue invade tudo e/ as cerimônias da inocência são afogadas./ Os homens melhores não têm convicção;/ e os piores estão tomados pela intensa paixão do mal.

(...)
Alguma revelação vem por aí;/ sem dúvida, é a Segunda Vinda.
(...)

Voltou a escuridão; e eu vejo que 20 séculos de sono de pedra/ Querem se vingar do pesadelo que lhes trouxe o berço de um presépio./ A hora chegou por fim;/ Que monstruosa fera se arrasta para Belém para renascer?/ É isso aí, bichos... Os grandes poetas são profetas".

fonte: Jornal O Globo (2o. caderno)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

I Ciclo de Conversas Negras em AL

Maceió faz encontro nacional sobre racismo estrutural

O Ciclo de Conversas Negras visa à união de esforços em prol da sociedade

inclusiva


Jornalistas, pesquisadores, educadores, representantes de órgãos federais, estaduais e municipais e da sociedade civil participam de um ciclo de debates que visa a união de esforços para o enfrentamento do racismo estrutural.

Trata-se do I Ciclo de Conversas Negras: “Agosto Negro ou O Que a História Oficial Ainda não Conta” a ser realizado, entre os dias 24 e 26 de agosto, em Maceió. A iniciativa, do Projeto Raízes da África, conta com 150 vagas para inscrições, e tem como perspectiva estimular e valorizar atividades acadêmicas focadas na temática do negro no Brasil e incentivar o ensino da História da
África na rede de ensino pública e privada.

A iniciativa, fruto da interlocução entre o movimento social negro e diversas instituições, dentre elas a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/Seppir, o Ministério de Educação/Secad, a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Livrarias Paulinas, contará com a participação de atores sociais vindos de várias partes do país. Entre os convidados, a jornalista Sandra Martins representando a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro
(Cojira-Rio/SJPMRJ).


Para a jornalista, é fundamental haver um diálogo entre os diversos segmentos da
sociedade em prol da própria sociedade brasileira, heterogênea na cultura, nas cores, na historicidade de seu povo. “Com a Lei 10.639/03 – que criou a obrigatoriedade do estudo da África e dos afro-descendentes no currículo escolar – o brasileiro passa ser visto a partir de sua própria constituição e não a que lhe foi imposta por idealizações construídas ainda no Brasil Colônia. E a mídia, os meios de comunicação e seus profissionais, têm um papel importantíssimo na visibilização destas discussões proativas.”

Arísia Barros, coordenadora do Projeto Raízes, diz que “construir conversas negras” é criar possibilidades de reflexão e o redimensionamento da questão estrutural do racismo. “Não só nos currículos das escolas alagoanas, mas em todos os espaços formativos na busca da criação de um processo de diálogo que contemple e problematize temas relacionados à discriminação e desigualdades raciais. E, sobretudo, discutir o racismo como violência de caráter endêmico,
implantada em um sistema de relações assimétricas, fruto da continuidade de uma longa tradição de práticas institucionalizadas”.

O Ciclo Nacional de Conversas Negras, que tem como um dos alicerces a transversalidade da Lei Federal nº 10.639/03 e em Alagoas com a especificidade da Lei Estadual nº 6.814/07, será aberto a diversas artes que dialoguem sobre pertencimento identitário e nossas histórias afirmativas.

Black August - A inspiração da titulação do I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou o Que a História Oficial Ainda não Conta” – Black August – tem suas raízes fincadas na década de 1970 na Califórnia, nos Estados Unidos. Este período ficou marcado para a cultura negra, como um mês de grande resistência à repressão e dos esforços individuais e coletivos contra o racismo.

Na época, o movimento, liderado pelo grupo afro-americano Black/New Afrikan Liberation Movement, surgiu das ações de homens e mulheres que se opunham às injustiças contra os afro-descendentes. A repercussão positiva do movimento afroamericano gerou adaptações do Black August à realidade de outros países – como Cuba, Jamaica, África do Sul, França e Rússia – que lutam contra a discriminação e desigualdade racial.

Serviço:
I Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou O Que a História Oficial ainda não Conta”
Período:24 e 26 de agosto
Horário:8h à 18h
Local: Federação das Indústrias do Estado de Alagoas - FIEA.
Av. Fernandes Lima, 385. Ed. Casa da Indústria, auditórios do térreo e 4º andar
57055-902 - Farol – Maceió - AL
Inscrições:e-mails raizesdeafricas@gmail.com.bre promomaceio@paulinas.com.br
Informações: Tels.:(82)8815-5794, (82) 8898-0689, (82) 8882-2033.

LIXO QUE CRUZA FRONTEIRAS

Estudo realizado em parceria com British Antarctic Survey mostra que o lixo marinho já atinge áreas remotas da Antártida.

Voluntária realiza limpeza de praia em Salvador. ©Greenpeace/Lunaé Parracho

Voluntária realiza limpeza de praia em Salvador. ©Greenpeace/Lunaé Parracho

As notícias não são nada boas quando falamos da saúde ambiental do Oceano Antártico. De acordo com uma pesquisa desenvolvida entre 2007 e 2008 pelo Greenpeace e pela British Antarctic Survey, a região, apesar de não habitada pelo homem e de extrema importância para a vida marinha, já convive com lixo marinho.

Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de oceanos do Greenpeace, participou da expedição do MV Esperanza entre 2007 e 2008. Seu trabalho foi, dentre outras funções, coordenar a pesquisa sobre lixo marinho. Por meio da observação de objetos, foram coletados dados que informaram tipos de lixo e, em alguns casos, a sua origem.

De 69 itens avistados pelo navio Esperanza, 43% eram materiais plásticos e dos 59 itens observados pelo navio RRS James Clark Ross (também envolvido na pesquisa) 41% também eram plásticos. “Encontramos restos de materiais de pesca, muitas caixas e micropartículas plásticas”, conta Leandra. Diferentemente do que ocorre em outras regiões, as sacolas plásticas não foram vistas em grande quantidade. Os dados da pesquisa serão publicados na edição de agosto na revista “Marine Environmental Research“.

Muita gente já ouviu falar sobre as “ilhas de plástico” em nossos oceanos. No norte do Oceano Pacífico, há uma área do tamanho do Texas onde se estima que, para cada quilo de plâncton, existam seis quilos de lixo plástico. A presença desse tipo de dejeto nos oceanos causa problemas ainda maiores do que os já conhecidos impactos na fauna local.

Materiais plásticos têm grande capacidade de absorção de poluentes orgânicos persistentes (POPs), funcionando como verdadeiras “esponjas químicas”. Com isso, esse tipo de contaminação acaba atingindo áreas não-habitadas e que estariam teoricamente a salvo da poluição gerada pelo homem. As superfícies plásticas podem servir também como habitat para algumas espécies, transportando-as de um lugar a outro e ocasionando desequilíbrio em cadeias e dando origem muitas vezes a espécies invasoras.

O Greenpeace vem acompanhando de perto o avanço da poluição marinha. Em 2006, a expedição “Defendendo nossos oceanos” também apresentou resultados sobre os caminhos percorridos pelo lixo no mundo e sobre o estado dos oceanos.

Greenpeace Brasil

Sopa Plástica: o Lixão do Oceano Pacífico

http://www.youtube.com/watch?v=XwvYzmk-NjY&feature=player_embedded

Pesquisadores mostram que animais têm se alimentado de plástico. Correntes marítimas levam lixo da costa para o mar aberto. No maior oceano do planeta, uma sopa intragável, mistura de plástico, plâncton, lixo e alimento bóia a 1,6 mil quilômetros da costa entre a Califórnia e o Havaí. Não se sabe exatamente seu tamanho, mas estimativas indicam que o lixão maritmo do Oceano Pacífico teria área maior que a soma dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.

A poluição alcança um ambiente em que seres humanos raramente estão presentes, pela pouca quantidade de ilhas. O lixo cria anomalias, como a tartaruga que cresceu com um anel de plástico em volta do casco e mata os moradores do mar. Descoberta por acaso O capitão Charles Moore viajava pelo Pacífico, entre o Havaí e a Califórnia, quando resolveu arriscar um novo caminho. "Foi perturbador". Dia após dia não víamos uma única área onde não houvesse lixo. E tão distantes do continente, lembra o capitão. Como um descobridor nos tempos das navegações, Charles Moore foi o primeiro a detectar a massa de lixo. E batizou o lugar de Lixão do Pacífico.

Primeiro, viu pedaços grandes de plástico, muitos deles transformados em casa pros mariscos. Depois, quando aprofundou a pesquisa, o capitão descobriu que as águas-vivas estavam se enrolando no nylon e engolindo pedaços de plástico. Ele percebeu que mesmo onde parecia limpo, havia ejetos microscópicos, que estariam sendo ingeridos por organismos marinhos
minúsculos e até pelos maiores. Albatrozes, por exemplo, tinham um emaranhado de fios dentro do corpo. "Antes não havia plástico no mar, tudo era comida. Então os animais aprenderam a comer qualquer coisa que encontram pela frente. Você pode ver aqui que eles tentaram comer isso. Mas não conseguiram", diz o capitão.

Com a peneira na popa, o capitão e sua equipe filtram a sopa de plástico e fazem medições. Já descobriram, por exemplo, que 26% do lixo vem de sacolas de supermercado. Numa análise feita com 670 peixes, encontraram quase 1,4 mil fragmentos de plástico. São informações valiosas, fonte de pesquisa e argumentos pra grande denúncia de Charles Moore: "Gostaria que o mundo
inteiro percebesse que o tipo de vida que estamos levando, isso de jogar tudo fora, usar tantos produtos descartáveis.isso está nos matando.

Temos que mudar se quisermos sobreviver." Da praia para as águas profundas - Um gesto despreocupado, uma simples garrafa de plástico esquecida numa praia da Califórnia. Muitas vezes ela é devolvida pelas ondas e recolhida pelos garis. Mas grande parte do lixo plástico que é produzido nessa região acaba embarcando numa longa e triste viagem pelo Oceano Pacifico. Pode ser também depois de uma tempestade. O plástico jogado nas ruas é varrido pela chuva, entra nas galerias fluviais das cidades e chega até o mar ou vem de rios poluídos que desembocam no oceano. No caminho, os dejetos do continente se juntam ao lixo das embarcações e viajam até uma região conhecida como o Giro do Pacífico Norte.

Diversas correntes marítimas que passam às margens da Ásia e da Ámerica do Norte acabam formando um enorme redemoinho feito de água, vida marinha e plástico. Lixo encalhado - Em Kamilo Beach, uma praia linda e deserta de uma região quase desabitada do Havaí, há tantos dejetos marítimos que o lugar acabou virando um lixão a céu aberto. Basta procurar um pouquinho para descobrir a origem de tudo o que chega até a praia. Em um pedaço de
plástico, caracteres chineses. Uma bóia de pescadores, que provavelmente veio do Japão. Um pouco mais adiante, o pedaço de um tanque de plástico com ideogramas coreanos. O pior é que Kamilo Beach está mais de 1,5 mil quilômetros distante do Lixão do Pacífico, no extremo sudoeste da ilha de Hilo, no Havaí. A praia dificilmente vê um gari. E o plástico que chega
lentamente pelo mar vai ficando esquecido no paraíso. Há dois anos, depois que se mudaram para cá, Dean e Suzzane Frazer resolveram fazer de Kamilo um alerta planetário. Suzanne se pergunta: "Será que o governo japonês, por exemplo, sabe quanto plástico o Japão esta mandando para o Havaí?" Dean vem trazendo um galão que, sem dúvida, chegou da Ásia. Tem também tubo de shampoo usado nos Estados Unidos e sacos de plástico sabe-se lá de onde.

Agora, são só farrapos do mar. As mordidas impressas no plástico levaram os ambientalistas a mudar de alimentação. Eles afirmam que as toxinas estão se acumulando ao longo da cadeia alimentícia, fazendo com que os resíduos do plástico cheguem ao ser humano.

fonte: Programa Fantástico - TV Globo
Apoio: http://www.novaconsciencia.com.br

Quadrinhos ambientalistas


Luiz Paulo Vieira Ribeiro, cartunista e criador dos ECOMEN

O publicitário carioca Luiz Paulo Vieira Ribeiro talvez não seja conhecido nas rodas ambientalistas. Mas recentemente seu amor pelo desenho tem difundido uma mensagem diferente pelas redes sociais como o Facebook e o Twitter: "ambientalismo com humor". Um cartunista habilitoso, Ribeiro é o criador dos Ecomen, ou eco-homens (em tradução livre), um grupo de super heróis que protege as florestas, a atmosfera e a água. O vilão existe, é claro: o empresário WC Poluente, uma figura sem escrupúlos, bem longe de ser um praticante do que hoje se convencionou chamar "responsabilidade empresarial".

Em entrevista ao ((o))eco, Ribeiro contou um pouco sobre seus personagens. Revela como desde o início de sua empreitada com os Ecomen ele enfrenta a dificuldade de competir com a mídia dominante. Mas espera mudar jovens com seus desenhos, ter "uma legião de fãs e, daqui a vinte anos, ter toda uma geração realmente ambientalista, de dentro para fora."

Confira a entrevista e veja as tirinhas do Ecomen abaixo.

Conte sobre você, sua profissão, como começou a fazer ilustrações?
Luiz Paulo Vieira Ribeiro:
Sou publicitário, uma atividade de altíssimo risco e baixíssima remuneração. Diretor de arte. Tenho 53 anos. Comecei a desenhar muito pequeno e tento aprender até hoje.

Como surgiu a série Ecomen?
LPVR: Os Ecomen surgiram em 1991, em parceria com minha amiga Lis Ruiz, ela sim grande ilustradora. A idéia era lançar a revista e cinco animações em uma promoção patrocinada pela Brahma (Guaraná) a ser veiculada no programa da XUXA. Troque "x" embalagens de guaraná por uma revista...Isso na semana da Rio 92. O projeto chegou a ser aprovado e a verba cortada nas últimas horas. Não aconteceu e hoje penso que passados quase 20 anos poderia ter uma geração com mais de 30 anos, "ECOMENIZADA", evitando muita coisa estúpida que ainda ocorre. Mas a idéia não morreu.


O que espera com a série, você olha isso mais como uma jogada profissional ou um projeto paralelo?
LPVR: É a história de uma vida! Não sou ecologista, sou comunicador. Vejo a falta que faz um símbolo forte, um ícone, na luta pela preservação da natureza e vejo que passar isso para crianças é muito mais efetivo. Todas as iniciativas ambientalistas são muito importantes mas não chegam à massa, como a novela da Globo, como a Pucca, os Padrinhos Mágicos e o SHREK. Quero me dedicar, totalmente, aos Ecomen com o objetivo de torná-los conhecidos do grande público. Só assim conseguirei patrocínio para poder levá-los mais além. O além significa vê-los com uma legião de fãs e, daqui a vinte anos ter toda uma geração realmente ambientalista, de dentro para fora.


Você já publicou as tirinhas ou outros quadrinhos do Ecomen? Qual tem sido a resposta do público?
LPVR: Engraçado é que até hoje, só foi publicada uma tira no GLOBO eassim mesmo numa sessão específica TIRINHA DO LEITOR, há uns 15 ou 20 dias atrás. Após a publicação tentei contato com eles mandando outras tiras, escrevi para a editora do Planeta Terra, revista semanal encartada no GLOBO e eles simplesmente ignoram, nem dão recebimento no e-mail . A resposta do público não conheço. Quem vê me diz que acha bom (mas são suspeitos) e no Twitter tenho tido a melhor resposta até agora. É muito difícil fazer HQs e animações no Brasil, não faz parte da nossa indústria cultural. No início pensava que a relevância do tema os levaria ao sucesso incondicional, hojepenso que a relevância do tema é o que os mantém na escuridão. Interesses obscuros...talvez os W.C. da vida sejam quem mais entende o poder dos ECOMEN e os temem.


Você quer atingir crianças e adolescentes; fale um pouco mais sobre isso.
LPVR:
Todo mundo tem o seu SUPER HERÓI. Todos fomos influenciados por histórias que lemos na infância e adolescência. Crianças e adolescentes, têm a mente mais aberta. Introduzir conceitos ambientalistas em suas cabeças é muito mais possível que mudar o pensamento de madeireiros, garimpeiros e industriais que vivem e enriquecem poluindo e destruindo. A idéia inicial era que 20 anos após 1992, o mundo já estaria lotado de ambientalistas de coração. A causa é boa. Para reforçar a idéia, quando eu era jovem, fumar era glamouroso, elegante; hoje é sujo e execrável. Já pensou se os ECOMEN tivessem aparecido lá atrás, ainda no Século XX? Poderia ter acontecido! Tenho desenvolvido e apresentado diversos projetos a empresas e governos, participado de programas de patrocínio e tudo sempre voltado para o público infantil mas as pessoas não levam muito a sério. "Historina em quadrinhos é coisa de criança!". E é mesmo. Só que as crianças crescem...


por Gustavo Faleiros via http://www.oeco.com.br

MESTRADO EAD

UAB oferecerá mestrado a distância – Mestrado EAD

Primeiras vagas serão abertas a partir do primeiro semestre de 2011

A partir de 2011, a UAB (Universidade Aberta do Brasil) passará a oferecer os primeiros programas de pós-graduação stricto sensu a distância. Atualmente, são disponibilizadas vagas em cursos de graduação e especialização. Estão previstas, a princípio, a criação de dois cursos de mestrado profissional: educação infantil e docência em matemática para escola básica. A decisão é um marco na modalidade, já que não existem mestrados a distância no Brasil. Anovidade, divulgada com exclusividade ao Universia por Celso José da Costa, coordenador-geral do sistema, integrará o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica do MEC (Ministério da Educação).

"Com a maturidade do programa, essa expansão é mais do que necessária. Atéporque a capacitação dos professores da rede pública de ensino não se limita à graduação e a especialização", explica Costa, que acrescenta a importância da UAB no processo de formação continuada dos educadores brasileiros. "Aqueles que já concluíram a graduação terão a oportunidade de continuar a estudar e se aperfeiçoar", justifica. De acordo com o coordenador-geral, os programas ainda estão em fase de desenvolvimento e comissões especializadas se reunirão ao longo do ano para definir tanto o plano pedagógico, como o administrativo. "O edital de seleção de propostas será lançado ainda esse ano", garante ele, que prevê a abertura das primeiras vagas no primeiro semestre de 2011.

O potencial da iniciativa é reconhecido por Paulo Monteiro Vieira Braga Barone, presidente da Câmara de Educação Superior – órgão vinculado ao Conselho Nacional de Educação. Na opinião dele, os programas de pós-graduação stricto sensu influenciarão a formação dos professores brasileiros. "A docência é muito mais ligada à concepção, do que a evidência. Daí a importância de garantir o contato de nossos profissionais à vivência em investigação", ressalta ele. "Portanto, espera-se que essa oportunidade influencie muito mais gente, tanto no trabalho quanto nos processos formativos", acrescenta ele.

Ao mesmo tempo em que o programa contribuirá com a formação dos docentes, promete viabilizar mudanças na rede pública de Ensino Básico no País. É o que acredita Klaus Schlünzen Junior, coordenador do Núcleo de Educação a Distância da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho). "A própria característica do mestrado profissional viabilizará esses dois processos. Até porque, o programa alia formação teórica às necessidades do próprio mercado. Ou seja, os estudantes serão mobilizados a desenvolver trabalhos de investigação relacionados ao sistema educacional brasileiro com a identificação de soluções para problemas reais", explica ele.

Além disso, a modalidade a distância permitirá o aumento do contato de professores com os programas de pós-graduação stricto-sensu. "A formação superará barreiras geográficas. E mais, permitirá uma riqueza cultural ainda maior ao curso", acredita Schlünzen Junior.

Fonte:http://www.educacaoadistancia.blog.br/uab-oferecera-mestrado-a-distancia/

Que tal usar um jeans feito com bactérias de celulose?

Vestido de natureza

Suzanna Lee, designer, produz tecidos com uma cultura de bactérias de celulose colocadas em uma forma feita a partir de chá verde. O resultado pode ser usado em uma variedade de produtos, que vão de vestidos a sapatos. Seus pigmentos favoritos e mais funcionais são cerejas, curry, blueberries e beterraba. Ela explica:

O processo usa uma receita baseada em um xarope de chá verde, na qual é adicionado a cultura de bactérias. Leva de duas a quatro semanas para desenvolver uma peça de tecido suficientemente espessa para ser usada. Então, essas peças são secas e modeladas sobre um manequim de madeira (…) ou, de maneira convencional, costuradas. Dependendo da receita usada na cultura de bactérias, ao toque, podem parecer papel ou – mais desejável - couro vegetal.

Nos testes de pigmentação, descobrimos que não é preciso usar ácidos (próprios para tingir tecidos) e que uma quantidade fantasticamente pequena de pigmento vai longe, fazendo com que as eco-credenciais do processo estejam presentes ao longo de todas as suas etapas. Também reciclamos parte do líquido de fermentação.

Além de ser uma das mais antigas criações do homem, tecidos compõem uma classe de produtos onde as matérias-primas são mais aparentes. “Quero aquela camisa de algodão, lã ou seda”, pedimos. Mas não pensamos em petróleo quando olhamos para um pedaço de plástico.

A técnica de Suzanna une o instinto ancestral de transformar a natureza em roupa com uma engenhosa tecnologia. Além disso, dependendo do modelo, desperta sensações que vão do nojo a abrir o apetite. Será que podem ser degustadas quando cansarmos de usá-las? :- )

Para ver muitas fotos do processo e dos modelos confeccionados, não deixe de ir ao site da Bio-couture.

(Eduardo Pegurier)

I Prêmio de Mobilidade Urbana do Estado do Rio de Janeiro

Fetranspor premiará melhores trabalhos na área de mobilidade

A Fetranspor está lançando o I Prêmio de Mobilidade Urbana do Estado do Rio de Janeiro, cujo objetivo é estimular e reconhecer as melhores práticas ligadas ao tema no Estado do Rio de Janeiro.

Dividido em cinco categorias, o PMU também tem por finalidade contribuir para promover ou melhorar a sustentabilidade, o bem-estar e a qualidade de vida da população carioca e fluminense. Os vencedores receberão prêmios com valores variando de R$ 5 mil a R$ 15 mil, e um troféu correspondente à categoria na qual competiram, em cerimônia oficial a ser realizada no dia 11 de novembro, durante o Congresso sobre Transporte de Passageiros (Etransport).

As cinco categorias são educação e cultura, jornalismo (impresso, radiojornalismo, telejornalismo e webjornalismo), planejamento de transportes e tecnologia, relacionamento com clientes e responsabilidade sócio-ambiental. Maiores informações sobre como participar e se inscrever, bem como sobre os critérios de premiação, podem ser encontradas no site http://www.pmu2010.com.br/.

A mobilidade urbana é um tema ainda mal conhecido, mas que está assumindo uma dimensão cada vez mais importante em nossa sociedade. Para muitos é só uma expressão que veio a substituir um campo de conhecimento antes conhecido como ‘transporte e trânsito’, mas o conceito é ainda mais amplo: a mobilidade urbana diz respeito à qualidade de vida nas cidades, que sofrem com o acelerado processo de urbanização por que passa o mundo moderno.

A mobilidade está ligada diretamente ao desenvolvimento urbano e à renda da população. Não é demais dizer que quanto maior a mobilidade de um povo, mais dinâmica é a nação. Porém, é preciso cuidado, já que o crescimento desordenado e sem planejamento da mobilidade urbana também pode dar origem a inúmeros problemas e transtornos. Por isso mesmo, ela precisa ser sustentável.

Como federação que congrega 10 sindicatos e 211 empresas de transporte coletivo urbano, interurbano e de turismo e fretamento por ônibus, responsáveis pelos deslocamentos da maior parte da população carioca e fluminense, a Fetranspor vê na iniciativa de criação do prêmio uma excelente oportunidade para atuar como agente de transformação, colocando o tema da mobilidade na pauta de discussões de toda a sociedade:

- A Fetranspor tem como missão promover a melhoria da mobilidade e a qualidade de vida das pessoas. A criação do prêmio não só é uma forma de exercer o seu papel no desenvolvimento urbano, como também coloca em perspectiva as mudanças pelas quais o Rio de Janeiro passará nos próximos anos, com todos os eventos que sediará – afirma o Diretor de Marketing e Comunicação da Fetranspor, João Augusto Monteiro.

Outras informações:

Suzy Balloussier: 9984-8576

Marcos Machado: 8816-4923

Sílvio Rabaça: 9275-3787

fonte: http://www.jornalistas.org.br

GUIAS DE VIAGEM PARA IPAD

LONELY PLANET LANÇA GUIAS DE VIAGEM CRIADOS ESPECIALMENTE PARA O IPAD
Versão eletrônica custa US$ 14,99 e contém mais de três mil links

NOVA YORK. A Lonely Planet, editora de uma popular linha de guias de viagens, lançou ontem versões eletrônicas e interativas para iPad de guias sobre Itália, Espanha, França, Reino Unido e Irlanda. A US$14,99, cada livro eletrônico contém mais de três mil links e pontos de interesse integrados e está disponível na loja iBook, da Apple.

- O livro eletrônico na loja iBook foi uma nova fronteira pra nós, que realmente cria uma nível de atividade que não existia anteriormente - disse John Boris, vice-presidente executivo da editora. - Acreditamos que sejam os guias eletrônicos de viagem mais dotados de recursos do
mercado.

Os cinco primeiros guias eletrônicos - de destinos europeus - serão seguidos por títulos sobre Japão, Tailândia e Austrália, que estão entre os mais visitados pelos americanos nesta época do ano.

Inspirados pela linha Discover de guias da editora, com itinerários diferenciados, mapas e dicas, Boris diz que os guias eletrônicos permitirão que os leitores criem listas de páginas favoritas, façam anotações, pesquisem sobre os pontos de interesse integrados e localizem conteúdo específico.

- Os livros servem para conhecer os pontos principais de um lugar e visitar os locais obrigatórios - explicou o executivo, acrescentando que, embora criados especificamente para o iPad, também podem ser usados com o iPhone com software 4.0.

Os aparelhos de leitura eletrônica estão mudando o setor editorial e ganhando popularidade. A Forrester Research, empresa independente de pesquisa de mercado e tecnologia, estimou em 2009 que 10 milhões de aparelhos serao vendidos nos Eua até o fim deste ano.


fonte: Jornal O Globo, 03/08/2010

E-Mail perde posto até para jogos

Americano gasta 23% do tempo on-line em redes sociais

NOVA YORK. O e-mail muito em breve poderá ser coisa do passado, já
que o que antes ocupava a maior parte do tempo on-line, agora amarga o
terceiro lugar. Segundo pesquisa da consultoria Nielsen, em junho os
americanos passaram quase 23% de seu tempo na internet em redes
sociais. Os jogos ficaram na segunda posição, com 10%, um ponto acima
de 2009, passando, pela primeira vez, o correio eletrônico, que caiu
de 11,5% para 8,3%.

"Apesar da quase ilimitada natureza do que pode ser feito na internet,
40% do tempo on-line dos EUA são gastos em apenas três atividades -
mídias sociais, jogos e e-mail - , deixando uma gama de outros setores
brigando por uma fatia cada vez menor do espaço on-line", disse o
analista da Nielsen Dave Martin, em comunicado.

De acordo com o estudo, 4,4% do tempo dos internautas americanos em
junho foram gastos em portais e 4% com mensagens instantâneas, como o
Messenger.

O tempo de acesso às redes sociais cresceu 43% entre junho de 2009 e
de 2010, passando de 15,8% para 22,7% do tempo dos internautas
americanos. Isso significa que os americanos passam quase um quarto
do seu tempo on-line postando comentários, fotos e vídeos no Facebook
e no Twitter.

O diretor-executivo e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou
no mês passado que o site atingiu a marca de 500 milhões de usuários.
No último sábado, o Twitter registrou a marca de 20 bilhões de tweets.
De acordo com o site especializado Computerworld, há estudos
mostrando que já existem pessoas que assumem ser viciadas em mídias
sociais, como Facebook e Twitter.

Enquete da Retrevo Inc., divulgada em março, mostrou que 48% dos
internautas disseram atualizar sua página no Facebook ou no Twitter
durante a noite ou o mais cedo possível. A pesquisa, ainda segundo a
Computerworld, mostra que 32% não veem problema em interromper uma
refeição para ler ou enviar uma mensagem on-line.

fonte: Jornal O Globo, 03/08/2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Aprender novos idiomas nas Redes Sociais

Redes Sociais para aprender outros idiomas

Com uma dose de dedicação e tempo qualquer um pode aprender um novo idioma sem gastar nada. Basta entrar em uma das redes sociais voltadas para o aprendizado de outras línguas. Nessas redes você se cadastra, informa sua localização, idioma nativo e os que têm conhecimento. A partir daí você deve encontrar pessoas que possam te auxiliar no seu aprendizado, seja corrigido seus exercícios ou conversando. Uma forma simples e funcional de aprender.

LiveMocha




O mais popular de todos os sites, apontado por algumas publicações tecnológicas como o “Facebook do aprendizado”. Essa comunidade foi criada em 2007 em Seatle, Estados Unidos. O Live Mocha oferece cerca de 30 cursos gratuitos. É possível aprender de inglês ao russo, mandarim, hebraico ou árabe. Não importa. Se estiver entre as mais faladas do mundo, certamente ela consta no LiveMocha. Como em qualquer curso de idioma, você começa no básico e deve entregar exercícios textuais e até pronúncia. Depois de enviados, os exercícios ficam disponíveis para correção de outros membros da comunidade, que podem fazer isso com texto ou áudio.

Para estimular a participação, a rede distribui condecorações aos usuários, que podem ser eleitos estudantes ou professores da semana. O LiveMocha não foge do sentindo de outras redes sociais, lá é possível fazer amigos batendo papo ou enviando mensagens.

O serviço disponibiliza pacotes pagos que são mais completos por disponibilizar lições de áudio complexas e vídeos. Para se matricular em um curso gratuito, você deve buscar a língua do seu interesse e selecionar “começar uma versão livre”. Nenhuma das opções gratuitas foram retiradas desde que o site passou a cobrar por pacotes avançados. Portanto, o LiveMocha nunca deixou de ser gratuito. .

XLingo




Semelhante ao Livemocha e com boa aceitação, também. Possui a opção de cursos gratuitos e pagos, além de uma interessante ferramenta que busca automaticamente perfis parecidos com o seu. Nele pode-se criar flashcards, fóruns, salas de chat e blogs. Ponto negativo para a quantidade de spams e usuários que estão deixando a rede.

LingoFriends

Esse tem uma proposta diferente dos demais. Nessa rede social não há matérias, aqui você deve buscar por um mentor e iniciar contato. O segredo é buscar alguém que tenha interesse pelo português ou algum idioma que você domine, e que o mesmo saiba o idioma que você quer. A busca do mentor pode ser refinada e inclui critérios como gênero, idade, localização e interesses. O Lingofriends dispõe somente de um sistema de mensagens semelhante a um e-mail, por isso, muitos buscam manter contato pelo Windows Messenger, Skype ou outros comunicadores instantâneos.

Sharedtalk


Interessante e completo, pena que está em fase de testes e não apresenta um layout digno as suas funções. Disponibiliza cerca de 110 idiomas que são falados em 172 países. A proposta se assemelha ao do LingoFriends, mas esse permite opções avançadas de conversação. Aqui se pode bater papo por mensageiro instantâneo e voz. Já dispõe de uma boa aceitação na América Latina.