quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Palestra gratuita com Augusto Franco sobre Redes Sociais na UFRJ

Palestra "Como fazer para as Redes Sociais acontecer" com Augusto Franco, RJ

Na próxima segunda, dia 23, das 9h30m às 13h, o JPPS, o curso de extensão de
Jornalismo de Políticas Públicas Sociais oferecido pelo NETCCON-Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência.ECO.UFRJ, em convênio com a ANDI, e em parceria de realização com o SESC-Rio e seu projeto Redes Comunitárias, tem a alegria de receber para uma conversa Augusto de Franco, um dos maiores especialistas no Brasil na relação entre Redes Sociais e Democracia. Mais informações pelo e-mail evouriques@terra.com.br e pelo cel. 21.9205.1696.

A Palestra no JPPS -Jornalismo de Políticas Públicas Sociais, é uma realização NETCCON.UFRJ, ANDI e SESC-Rio. Entrada Gratuita!
Local: Auditório da CPM-ECO.UFRJ, Campus da Praia Vermelha, ao lado da piscina

Como fazer para as Redes Sociais acontecerem: um desafio para os "tecelões" da Democracia - Palestra de Augusto de Franco, que irá abordar temas como se segue.

"Embora a chamada ciência política ainda não tenha se dado conta da existência desse nexo conotativo entre rede social e democracia, a democratização está co-implicada no aumento da distribuição das redes sociais (e não na aposta no padrão organizativo centralizado ou multicentralizado da maioria das instituições políticas, públicas e privadas, como os partidos e os chamamos movimentos sociais, as corporações, os sindicatos, as associações ou outras formas tradicionais de arrebanhamento), o que significa enfocar e valorizar o cidadão desorganizado e conectado que compõe o imenso contingente da sociedade civil.

Para a democracia não se trata de sonhar com coisas ideais,irrealizáveis, e sim de mudar a forma como nos comportamos política e administrativamente em termos orgânicos. É bom repetir: trata-se de mudar a matriz de projetos, programas e ações governamentais e não-governamentais em todos os níveis. Tudo ou quase tudo que organizamos atualmente a partir do padrão-mainframe, pode ser reorganizado segundo um padrão-network. Quem faz netweaving faz, pois, democracia. Afinal, é necessário reconhecer que tinha razão o pioneiro das redes, Robert Muller, quando escreveu há mais de 20 anos: 'conforme caminhamos para o terceiro milênio, talvez a participação em networks se torne a nova democracia, um novo elemento importante no sistema de
governança, um novo modo de vida nas complexas e miraculosas condições globais do nosso estranho e maravilhoso planeta vivo, girando e circulando no universo prodigioso em uma encruzilhada de infinidade e eternidade'.

Os netweavers são os "tecelões" (para aproveitar uma expressão de Platão, no diálogo "O Político", que poderia ter sido feliz se não se referisse ao homem régio, possuidor da ciência régia da política) e os animadores de redes voluntariamente construídas. Na verdade, eles constroem interfaces para "conversar" com a "rede-mãe". Os netweavers não são necessariamente os estudiosos das redes, os especialistas em Social Network Analysis ou os que pesquisam ou constroem conhecimento organizado sobre a morfologia e a dinâmica da sociedade-rede. Os netweavers, em geral, são políticos, não sociólogos. E políticos no sentido prático do termo, quer dizer, articuladores políticos, empreendedores políticos e não cientistas ou analistas políticos."

Sobre o palestrante:

Augusto de Franco nasceu em 1950, no Rio de Janeiro. Foi membro do Comitê Executivo do Conselho da Comunidade Solidária, juntamente com Ruth Cardoso e Miguel Darcy e coordenador da AED -Agência de Educação para o Desenvolvimento. Elaborou várias tecnologias de desenvolvimento, como o DLIS -Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável, a Governança Solidária Local e o Pacto pela Democracia Local. É consultor da FIEP para a Rede de Participação Política do Empresariado, escritor, desenvolvedor de Nan Dai e netweavers da Escola-de-Redes. Publicou 16 livros sobre desenvolvimento, redes sociais e democracia, dentre os quais destacam-se "Capital Social", "A Revolução do Local" e "Alfabetização Democrática".

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