sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Os telhados verdes estão na moda!

O charme dos telhados verdes


2773

As coberturas vegetais servem para amenizar os efeitos do aquecimento global, além de brindarem a paisagem das cidades com a beleza e o frescor da natureza

Por Joana Gontijo

O crescimento da densidade demográfica na grandes cidades fez aumentar, ao longo do tempo, a utilização do concreto na arquitetura, que contribuiu em parte significativa para o aquecimento global. Mesmo em espaços pequenos, uma alternativa conhecida desde os nossos ancestrais começa a aparecer nos centros urbanos como meio de ajudar na melhoria do clima e na preservação do meio ambiente: as coberturas vegetais. Os telhados ainda são partes das edificações muito pouco exploradas num projeto arquitetônico. Além de sua função básica de proteção, eles também podem ser aproveitados como superfície de captação das águas pluviais, mas agora são usados para se plantar gramíneas e/ou outras plantas de pequeno porte.

Os ecotelhados ou tetos verdes, assim como as paredes verdes, começam a se espalhar pelo mundo como soluções que utilizam jardins e gramados em substituição às tradicionais coberturas de telhas, laje, folhas de aço, dentre outras, que geralmente cobrem as edificações. Ainda que em experiências esparsas, os impactos conceituais já saltam aos olhos.

Na Europa, por exemplo, alguns países como Alemanha e Suíça adotaram leis para garantir que ao menos uma parte dos telhados das novas edificações sejam plantados. Outros exemplos também aparecem no Japão, no México, na Bolívia, em Cuba, nos EUA, e começam a chegar no Brasil, para citar apenas alguns locais. Isto porque, em cidades muito adensadas, os tetos verdes acabam por cumprir a função que antes tinham as superfícies hoje pavimentadas, absorvendo parte das águas das chuvas (um teto verde absorve aproximadamente 70% da água captada, liberando-a aos poucos), evitando enchentes pela saturação das galerias de águas, melhorando a qualidade do ar, reduzindo os níveis de CO2 e de poeira do ar, liberando vapores de água e contribuindo para a redução dos efeitos de ilhas de calor.

O isolamento térmico propiciado pelas camadas vegetais permite um ambiente interno mais agradável e diminui a reflexão e absorção de calor nas coberturas, baixando assim a temperatura emanada do espaço. As coberturas verdes funcionam bem tanto em clima quentes como em climas frios, pois a camada vegetal, além de absorver a radiação, atua como uma manta térmica.

Outras vantagens dos tetos verdes são o isolamento acústico, a resistência ao fogo e sua longevidade: eles dificilmente necessitam de manutenção e reparos. Coberturas desse tipo também criam lindos efeitos estéticos e podem contribuir para integrar as edificações com a paisagem em áreas menos exploradas.

Para se fazer um teto verde há algumas especificidades técnicas que devem ser observadas: a estrutura do telhado (deve se levar em conta o peso do conjunto saturado pela água), a inclinação, a membrana de impermeabilização e anti-raíz, o sistema de drenagem, a espessura e o tipo de substrato, assim como as espécies a serem plantadas.

A escolha das espécies em jardins deste tipo deve ser criteriosa: além da preocupação básica em utilizar plantas que tenham raízes não agressivas, as condições de vida são extremamente específicas no que diz respeito à profundidade de solo, umidade, exposição ao sol, ventos, etc. Um bom planejamento, a utilização de novos materiais e tecnologias, o ajuste fino entre os projetistas são condições essenciais para o sucesso destes jardins, que serão cada vez mais freqüentes em nossas cidades.

Veja fotos de ecotelhados

1
1
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
2
20
3
4
5
6
7
8
9







Fonte: Bendia - Jornal dos Amigos Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / O Estado de Minas .

Nenhum comentário:

Postar um comentário